O CEO da Meta Platforms, Mark Zuckerberg, terá que testemunhar no primeiro julgamento sobre os efeitos negativos das mídias sociais sobre os usuários jovens, decidiu a juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Carolyn B. Kuhl.
O juiz também ordenou que o CEO da Snap, Evan Spiegel, e o chefe do Instagram, Adam Mosseri, testemunhassem no chamado “julgamento do primeiro modelo”, agendado para janeiro. A decisão ocorreu após audiência em que representantes da empresa tentaram impedir a convocação dos executivos.
“O depoimento de um CEO é particularmente relevante, pois o conhecimento desse gestor sobre os danos e a falta de ações para evitá-los podem comprovar negligência ou ratificação de conduta negligente”, escreveu Kuhl.
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O juiz considerou que os depoimentos seriam “únicos”, face às acusações de que as empresas de redes sociais não alertaram os utilizadores sobre recursos concebidos para “viciar” e “incentivar comportamentos compulsivos” em menores.
Meta se recusou a comentar o caso, enquanto CNBC relatou ter entrado em contato com Snap para obter uma declaração.
O julgamento faz parte de uma série de ações judiciais que acusam empresas de tecnologia de mídia social de criar deliberadamente plataformas e recursos que prejudicam usuários jovens e afetam sua saúde mental.
No início deste mês, a cidade de Nova Iorque abriu um processo contra várias destas empresas, alegando que desenvolveram plataformas viciantes que contribuem para problemas de saúde mental em crianças. Em Janeiro, os CEO – incluindo Zuckerberg – já tinham testemunhado no Senado dos EUA sobre formas de proteger os menores dos danos causados pelas redes sociais.
A Meta entrou com uma moção para impedir que Zuckerberg e Mosseri testemunhassem no julgamento, argumentando que os advogados dos demandantes usam depoimentos anteriores. A empresa argumentou que forçar ambos os executivos a comparecerem pessoalmente em mais julgamentos interferiria nas operações da empresa e “criaria um precedente” para outras ações semelhantes.
Snap, por sua vez, afirmou que forçar Spiegel a testemunhar seria um “abuso de discrição”.
O escritório Kirkland e Ellisque representa a Snap, afirmou em nota à CNBC que a decisão do tribunal “não afeta de forma alguma a validade das acusações”.
“Embora acreditemos que as horas de depoimentos já prestados e as declarações de vários outros executivos seriam suficientes, esperamos ter a oportunidade de demonstrar por que as alegações dos demandantes contra o Snapchat são incorretas, tanto factual quanto legalmente”, afirmou o escritório.
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