A Coca-Cola anunciou na terça-feira (22) que será lançado, neste segundo semestre, uma nova versão do refrigerante original nos Estados cana -de -açúcarem vez do tradicional Xarope de milho com alto teor de frutoseusado desde os anos 80.
A notícia procura oferecer mais opções para os consumidores dos EUA e é inspirada no sucesso da “coca mexicana”, que usa açúcar de cana -de -açúcar e é vendida há anos em mercados como o México e a América Latina. Nos EUA, ela se tornou uma querida em restaurantes e lojas que servem comunidades latinas, além de cadeias como Costco e Target.
Pressão política e estratégia de portfólio
O anúncio acontece alguns dias depois que o presidente Donald Trump escreveu sobre sua verdade social que estaria conversando com a Coca-Cola sobre a inclusão de “açúcar de cana-de-açúcar real” nas bebidas. Trump é conhecido por seu gosto pela Diet Coke – ele até montou um botão no salão oval para pedir a bebida.
“Agradecemos ao entusiasmo do presidente pela marca Coca-Cola”, disse James Quincey, CEO da empresa, durante uma teleconferência de resultados, antes de confirmar o novo comunicado.
A versão de açúcar em cana deve complementar o portfólio atual da empresa sem substituir os produtos existentes.
Tendência de redução de açúcar e competição com Pepsi
Antes da notícia, a Coca-Cola já estava apostando Reduzir o açúcar total em bebidascomo no caso de coca-cola zero açúcar, que teve crescimento de 9% em volume em 2024.
O concorrente PepsiCo Ele também entrou na tendência. Na segunda -feira (21), anunciou o lançamento do Pepsi cola prebóticacom fibras e açúcar de cana na fórmula.
Debate de saúde e custos
Apesar do movimento comercial, os especialistas alertam que não há evidências científicas de que o açúcar de cana seja mais saudável que o xarope de milho. O ingrediente, no entanto, é visto por muitos consumidores como mais “naturais”.
A substituição também envolve questões econômicas: o açúcar importado tem cotas tarifárias e é mais caro que o xarope de milho, que possui a produção local subsidiada pelo governo dos EUA.
Açúcar nos EUA
Segundo dados do governo dos EUA, cerca de 20% do açúcar consumido nos EUA é importado; A maioria vem da produção interna. No entanto, 56% desse açúcar não é cana -de -açúcar, mas beterraba – que não é o tipo pretendido por Trump na fórmula da bebida. Então, de onde virá o açúcar da Coca-Cola?
O Brasil pode se tornar uma peça importante para atender a uma possível demanda crescente do setor de alimentos para cana-de-açúcar americana, que é um dos principais fornecedores do produto e, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, foi o principal fornecedor de açúcar bruto de alto conteúdo (Açúcar crua de alto teor).
No entanto, o cenário pode ser menos vantajoso do que parece. Antes do anúncio sobre a fórmula da Coca-Cola, Trump impôs uma taxa de 50% aos produtos brasileiros, incluindo açúcar, dificultando o suprimento economicamente.
Se implementado, a tarifa pode tornar significativamente o açúcar brasileiro mais caro no mercado dos EUA, tornando -o menos competitivo em comparação com outros países, cujas taxas foram mais baixas: 10% para a República Dominicana e 20% para as Filipinas. Isso pode reduzir as exportações brasileiras, afetar produtores e cooperativas.
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