O tão esperado encontro presencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), pode superar as expectativas após uma conversa telefónica considerada positiva, o Ministro das Finanças avaliou, Fernando Haddad (PT-SP), que relatou ter acompanhado a convocatória ocorrida no dia 6 de outubro. Haddad destacou a tom amigável e maduro adotada pelos dois líderes, indicando otimismo para o encontro marcado para domingo (26), em Kuala Lumpur, durante o Cimeira da Asean.
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Segundo Haddad, Lula disse a Trump que não tinha inimigos e estava aberto a debater qualquer assunto, o que teria gerado risos no presidente americano. O ministro esclareceu ainda que o nome do ex-presidente JairBolsonaro (PL) não foi mencionado durante a conversa, conforme relatado a GloboNews.
Expectativas para o encontro e relações internacionais
O Itamaraty prevê oportunidade para Lula e Trump se encontrarem pessoalmente no próximo domingo (26), na capital Malásiadurante o evento Bloco econômico do Sudeste Asiático. Haddad classificou a expectativa como positiva e reforçada a importância de manter acordos com a União Europeia, Asean e países do continente americano. “Acho que podemos esperar boas notícias”, disse o ministro, segundo GloboNews.
Haddad também criticou a atuação da oposição, que, segundo ele, influenciou setores do governo dos Estados Unidos a impor sobretaxas ao Brasil. O ministro classificou essa postura como prejudicial e inconsistente, alegando que representa um “tiro no pé” para o país, e reiterou que o Brasil não pode desistir de acordos internacionais importantes.
Em entrevista concedida nesta terça-feira (21), Haddad afirmou ter cumprido o Meta fiscal para 2024 e declarou confiança na concretização dos objectivos deste ano e do próximo. O ministro criticou as tentativas do Congresso de dificultar equilíbrio das contas públicas com o objetivo de influenciar as eleições de 2026, mencionando uma aliança entre Centrão e apoiadores de Bolsonaro (PL) para desgastar Lula.
Lula, segundo Haddad, instruiu os presidentes da Câmara e do Senado a organizarem o Orçamento para garantir previsibilidade na execuçãoincluindo pagamentos de alterações parlamentares. O ministro elogiou a aprovação de leis que reduziram privilégios, mas destacou a necessidade de ajustes adicionais para alcançar superávit primário em 2026.
Haddad afirmou que o corte estimado de R$ 7 bilhões nas alterações é subestimado e advertiu que as metas fiscais precisam de instrumentos adequados para serem cumpridas. Ele destacou que o Executivo propõe as metas, mas cabe ao Legislativo avaliá-las, e pediu mais organização econômica ao Congresso. Segundo o ministro, debates parlamentares foram influenciados pelo cenário eleitoral de 2026.

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTÚDO
Combate à evasão fiscal e ajustamentos
Sobre o combate aos devedores contumaz, Haddad defendeu que a Câmara oriente definitivamente o projeto de lei que tramita há oito anos, mas garantiu que o A Receita Federal está agindo independentemente desta aprovação. “Agora, seria uma prática muito boa discutir definitivamente na Câmara a lei do devedor contumaz, que tramita há oito anos”, declarou o ministro.
O ministro destacou a criação de um unidade de combate ao crime organizado da Receita Federalcom planos de transformá-lo em delegacia e afirmou que o Brasil é um dos poucos países que tolera evasão fiscal. Segundo ele, o governo está extinguindo “privilégios insustentáveis”, com impactos positivos na economia, mas reconheceu que a tarefa está longe de estar concluída.
Haddad também citou temas que precisam ser revistos, como super salários, aposentadoria militar e fundos constitucionais. “Não é que o governo não tenha mandado, o governo mandou, o Congresso ou não gostou ou rejeitou”, afirmou, destacando que o Executivo fez a sua parte no encaminhamento das propostas. O ministro comparou o Ajuste fiscal brasileiro à Argentina, dizendo que, enquanto o governo argentino faz cortes drásticos, “temos uma chave de fenda na mão, não temos serra elétrica, estamos apertando parafusos”.
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