O mercado financeiro reduziu suas projeções de inflação e aumentou ligeiramente a expectativa de crescimento económico para 2025, de acordo com o Boletim Foco divulgado nesta segunda-feira (20) por Banco Central (BC).
O inflação medida pelo IPCA passou de 4,72% a 4,70% ano que vem e 4,28% a 4,27% em 2026. As previsões também caíram para 2027 (de 3,90% para 3,83%) e para 2028 (de 3,68% para 3,60%), marcando a primeira queda simultânea em quatro períodos desde agosto.
A ligeira melhoria das expectativas reforça uma sentimento de otimismo moderado entre os analistas, que observam um ambiente de inflação mais controlada e de maior previsibilidade para a economia.
PIB e juros
O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,17% em 2025acima dos 2,16% estimados na semana passada, enquanto a projeção para 2026 permanece em 1,8%. A expectativa de expansão reflete dados positivos do varejo e os efeitos das medidas de estímulo econômico adotadas pelo governo.
O taxa básica de juros (Selic) deveria seguir 15% ao ano até o final de 2025, com cortes esperados apenas a partir de 2026 (12,25%) e 2027 (10,50%).
Câmbio e contas externas
O dólar deve terminar 2025 em R$ 5,45 e 2026 em R$ 5,50sem alterações nas últimas projeções. O excedente comercial foi ajustado para US$ 61,15 bilhões em 2025 e US$ 65,22 bilhões em 2026, enquanto o fluxo de investimentos estrangeiros diretos permanece estimado em US$ 70 bilhões para ambos os anos.
Inflação acima da meta
As revisões do Focus acontecem após um semestre em que o IPCA ficou acima do teto da meta. O presidente do BC, Gabriel Galípoloteve que justificar o incumprimento numa carta ao Ministro das Finanças, Fernando Haddadcitando atividade aquecida, taxa de câmbio, energia elétrica e fatores climáticos como as principais causas.
Ciclo de confiança
Para o economista André Perfeitoo relatório traz uma sinal de estabilização inicial expectativas — movimento que, segundo ele, pode indicar o início de um ciclo de maior confiança.
“A queda nas projeções de inflação é pequena, mas relevante. Mostra que o mercado começa a ver algum alívio no médio prazo, mesmo com um ambiente fiscal desafiador”, afirmou.
Ele destaca, porém, que as altas taxas de juros continuam sendo o principal obstáculo.
“A Selic a 15% ainda atrapalha as decisões de investimento e consumo. Mas, se o cenário de preços continuar melhorando, poderemos ver revisões mais otimistas do PIB nos próximos meses”, disse.
O economista avalia que há espaço para otimismo cautelosocom base na resiliência da economia brasileira.
“Se antes a má notícia era que estava bom — no sentido de uma atividade forte mantendo os juros altos —, agora a boa notícia é que piorou. Isso significa que a desaceleração da atividade pode ajudar o BC a começar a reduzir os juros em 2026”, acrescentou.
Expectativa de continuidade
Também economista Maikon Rodrigues avalia que as políticas expansionistas do governo continuam a sustentar o nível de atividade e a evitar uma desaceleração mais acentuada.
“As medidas fiscais e de crédito ajudam a conter o consumo e a produção, enquanto as expectativas de inflação mais baixas podem reduzir a pressão sobre o Banco Central”, observou.
Com o queda da inflação e projeções de crescimento ligeiramente superioreso Boletim Focus desta semana sugere que o mercado está começando a ver um cenário de transição mais equilibradocom menos incerteza e sinais de otimismo moderado para 2025.
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