A cientista brasileira Mariangela Hungria foi anunciada como o laureado da nova edição do World Food Award, o Prêmio Mundial de Alimentos (PMA), conhecido como “Prêmio Nobel de Agricultura”.
Pesquisadora da Embrapa Soja, ela foi reconhecida internacionalmente por sua contribuição para o desenvolvimento de insumos biológicos para a agricultura mais eficiente e ambientalmente responsável.
A cerimônia de entrega será realizada em outubro próximo em Des Moines, Estados Unidos.
Com mais de quatro décadas dedicadas à microbiologia do solo, a Mariangela desenvolveu tecnologias que possibilitam parcial ou completamente os fertilizantes químicos por microorganismos. Um dos destaques de sua pesquisa é o uso de bactérias de fixação de nitrogênio, como o Bradyrhizobium e o Azospirillum brasilenseaplicado principalmente na cultura de soja.
“Foi uma vida dedicada à busca por alta renda, mas através do uso de fertilizantes químicos biológicos, parcial ou totalmente substituindo”, disse o pesquisador.
O prêmio é quase R $ 3 milhões
O World Food Award foi criado em 1986 por Norman E. Borlaug, vencedor do Nobel do Nobel Nobel, para homenagear indivíduos que promovem avanços significativos na qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.
O prêmio inclui US $ 500.000 (cerca de US $ 2,81 milhões no preço atual) e uma escultura criada pelo artista Saul Bass. Até agora, apenas três brasileiros haviam sido contemplados com a honra.
Em 2024, o uso de tecnologias desenvolvidas por Mariangela resultou em uma economia estimada de US $ 25 bilhões (R $ 140 bilhões), além de evitar a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂. Hoje, a prática de inoculação é adotada em cerca de 85% das áreas de soja cultivadas no Brasil, representando a maior taxa de uso do mundo.
Além da soja, Mariangela também liderou pesquisas aplicadas a outras culturas, como milho, feijão, trigo e pasto, com soluções sustentáveis que beneficiam a economia agrícola e o meio ambiente. “Minha abordagem procura ‘produzir mais com menos’ – menos insumos, menos água, menos terra, menos esforço humano e menos impacto ambiental”, ressaltou.
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O governador de Iowa, Kim Reynolds, parabenizou a conquista e comparou a Hungria ao próprio Norman Borlaug, citando sua perseverança e visão científica: “O Dr. Hungria também serve como um exemplo inspirador para pesquisadores que buscam incorporar os dois papéis”.
No Brasil, o reconhecimento também foi amplamente celebrado. O general da Embrapa Soy, Alexandre Nepomuceno, apontou: “É uma grande honra ter um dos maiores cientistas da área agrícola do mundo compondo a equipe de pesquisa do Embrapa Soja”.
O presidente da Embrapa, Silvia BroSruhá, disse: “Como uma primeira mulher que presidia essa instituição, sinto -me especialmente tocado por esse tributo, que valoriza não apenas a excelência científica nacional, mas também o protagonismo feminino na construção de um país mais inovador e justo”.
A Mariangela Hungria é engenheira agromosa se formou na ESALQ/USP, com mestrado e doutorado em solos e nutrição vegetal, além de pós-doutorado em instituições como a Universidade de Cornell, a Universidade da Califórnia-Davis e a Universidade de Sevilha. Ela é pesquisadora da Embrapa desde 1982, atualmente na UNIDADE INPAPA SOJA em Londrina (PR) e integra várias academias científicas no Brasil e no exterior. Também atua como professor e consultor de pós -graduação na Universidade Estadual de Londrina.
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