A Centrão, liderada pelo PP e aliados, lançou uma ofensiva na Câmara dos Deputados para aprovar um projeto de lei que concede aos poderes do Congresso nacional para demitir diretores e o presidente do Banco Central. A iniciativa ocorre em meio ao momento delicado em que o BC avalia a operação de compra do Banco Master por Banco de Brasilia (BRB), anunciado no final de março.
O pedido de urgência de processar o projeto de lei que expande os poderes do Parlamento para rejeitar os membros do Conselho do Banco Central por razões de “interesse nacional” foi apresentado pelos líderes do Centro.
A proposta, originalmente apresentada em 2021 pelo ex-vice-Camilo Capiberibe (PSB-AP), foi ressuscitada pelos parlamentares do Centron e ganhou força com o apoio dos líderes do MDB, União Brasil, PSB, PL e republicanos.
Juntos, essas legendas reúnem mais de 300 deputados, número suficiente para garantir a aprovação do pedido urgente, que está sob o comando do líder do PP na Câmara, vice -doutor Luizinho (RJ).
O texto do projeto afirma que os diretores e presidentes do BC podem ser demitidos mediante solicitação aprovada pela maioria absoluta na câmara, especialmente “quando a direção do Banco Central é incompatível com os interesses nacionais”.
No entanto, não há uma definição clara do que configuraria essa incompatibilidade. Após a aprovação na Câmara, o impeachment precisaria passar pelo Senado, também por uma maioria absoluta. Hoje, pela Lei de Autonomia do BC (Lei nº 179/2021), apenas o Presidente da República pode propor a demissão de diretores, em situações específicas como desativar doenças ou condenação judicial.
A proposta, de autoria do deputado Camilo Capiberribe (PSB-AP), acrescenta uma quinta hipótese: a aprovação da maioria absoluta da Câmara quando o desempenho de um diretor é considerado incompatível com os interesses do país.
O objetivo imediato da pressão é Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e resolução da autoridade monetária, o Diorf. Responsável por encaminhar a recomendação do Conselho de Administração da BC, Gomes é considerado um dos oponentes para aprovar a aquisição do mestre, cujo proprietário, banqueiro Daniel Vorcaro, mantém um relacionamento próximo com os políticos centrais.
A compra de parte do Banco Master pela BRB é uma negociação que está na tabela do banco central há cinco meses. E o atraso de Gomes em emitir uma opinião teria causado essa reação política.
Até então, pouco conhecido fora do mercado financeiro, Renato Gomes tem um mandato que terminou em dezembro e pode encerrar sua passagem pelo BC sem enviar o tema ao Collegiate, que, na prática, funcionaria como uma maneira de bloquear a operação.
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