O presidente da Colômbia, Gustavo Pedroacusou neste sábado (18) o Estados Unidos de violar a soberania colombiana e matar um pescador durante uma operação militar dos EUA supostamente contra o tráfico de drogas no Mar do Caribe.
Segundo Petro, o colombiano Alejandro Carranza foi morto em um dos ataques realizados pelas forças dos Estados Unidos, que desde agosto concentram ações no Venezuela e em zonas próximas das águas territoriais da Colômbia.
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Acusação colombiana
“Funcionários do governo dos Estados Unidos cometeram um assassinato e violaram nossa soberania em águas territoriais. O pescador Alejandro Carranza não tinha ligação com o tráfico de drogas, sua atividade era a pesca”, afirmou Petro em publicação sobre “Aguardamos explicações do governo dos Estados Unidos”, acrescentou.
Funcionários do governo da EEUU cometeram homicídio e violaram a nossa soberania em águas territoriais
O pescador Alejandro Carranza não tinha vínculos com o narcotráfico e sua atividade diária era a pesca.
O barco colombiano estava à deriva e com o sinal de alerta…
— Gustavo Petro (@petrogustavo) 19 de outubro de 2025
Familiares confirmaram a versão apresentada por Petro. Audenis Manjarres, parente da vítima, disse à emissora Notícias RTVC que Carranza era pescador e não tinha envolvimento com tráfico. Segundo ele, o barco da vítima aparece em vídeos do ataque ocorrido no dia 15 de setembro, e a última conversa entre eles foi na manhã anterior. Após o episódio, pescadores da região de Santa Marta, litoral norte do país, suspenderam suas atividades por medo de novos atentados.
As forças dos EUA afirmam ter matado pelo menos 27 suspeitos de tráfico de drogas em seis operações desde o início de setembro. Num dos ataques, um colombiano de 34 anos sobreviveu após a destruição de um semissubmersível que os EUA alegam ter sido usado por traficantes de droga. O sobrevivente foi repatriado em estado gravecom traumatismo cranioencefálico e respiração assistida, conforme informou o Ministro do Interior, Armando Benedetti.
Resposta americana
No domingo (19), em resposta, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpchamou Gustavo Petro de “traficante ilegal de drogas” e anunciou o fim dos “pagamentos e subsídios em grande escala” à Colômbia. Numa publicação no Truth Social, Trump acusou o governo colombiano de incentivar a produção de entorpecentes e afirmou que o tráfico se tornou o “maior negócio do país”.
“O presidente Gustavo Petro é um líder do tráfico de drogas que promove fortemente a produção em massa de entorpecentes. Esses campos de extermínio devem ser fechados imediatamente, ou os Estados Unidos farão isso por ele, e não será feito de maneira gentil”, declarou o republicano.
Tensão entre os Estados Unidos e a Colômbia
O anúncio marca um nova escalada nas tensões entre Bogotá e Washington. A ofensiva de Trump vem depois Petro reforça pedido para que ONU investigue operações militares dos Estados Unidos no Caribe. O governo colombiano sustenta que as ações resultaram na morte de pescadores e civis, enquanto Washington afirma que as ofensivas fazem parte de uma campanha contra os cartéis venezuelanos e as operações de tráfico internacional.
Bandeiras dos Estados Unidos e da Colômbia criadas por Inteligência Artificial (Chat GPT).
As relações entre Petro e Trump já estavam se deteriorando. No mês passado, Washington retirou a certificação da Colômbia como aliada na luta contra as drogas, uma decisão que poderá custar ao país centenas de milhões de dólares em apoio militar. O Departamento de Estado também cancelou o visto do presidente colombiano depois que ele participou de uma manifestação pró-Palestina em Nova York durante a Assembleia Geral da ONU.
Na ocasião, Petro defendeu a criação de uma força militar internacional “maior que a dos Estados Unidos” para libertar o Povo palestino e até pediu que os soldados americanos desobedeceu às ordens de Trump. O governo dos Estados Unidos classificou as declarações como “imprudentes e incendiárias”, ampliando o distância diplomática entre os dois países.
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