O roubo de jóias históricas de Museu do Louvreem Paris, neste domingo (19), reacendeu a discussão sobre a segurança dos bens culturais e a vulnerabilidade do mercado global de arte, setor que gera bilhões de dólares por ano. A ação, que as autoridades acreditam ter durado apenas sete minutos, foi levada a cabo por um grupo de três a quatro criminosos e resultou no roubo de peças de valor “inestimável” da coleção de Napoleão e da Imperatriz Eugénie de Montijo, pertencentes à Coroa Francesa. As informações ainda são preliminares, as investigações estão em andamento.
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O que se sabe sobre o crime
De acordo com o Ministério do Interior francêsos ladrões chegaram por volta das 9h30 (horário local) e usaram um elevador mecânico acoplado a um caminhão para acessar o Galeria Apoloonde as jóias foram expostas. O grupo quebrou uma vitrine com serra circular, arrombou vitrines e fugiu em motocicletas levando os pedaços. Entre os itens roubados estão um conjunto de joias, um colar, brincos, um broche e duas coroas. Uma das coroas pertencia à Imperatriz Eugénie e foi posteriormente encontrada perto do Museu do Louvre, mas danificada.

Foto de DIMITAR DILKOFF/AFP
As autoridades francesas indicam que o ataque foi meticulosamente planeado, com reconhecimento prévio da área, uso de disfarces e logística profissional. Após o crime, a polícia encontrou ferramentas, coletes amarelos, gasolina e um walkie-talkie. O Ministério Público de Paris abriu uma investigação sobre roubo organizado e associação criminosa, enquanto unidades especializadas tentam rastrear as joias para evitar que saiam do país.

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Tráfico de bens culturais
Embora cinematográfico, o assalto ao Louvre representa apenas um dos vários crimes cometidos pelo tráfico global de bens culturais. Acredita-se que este tipo de crime, que envolve desde pequenos colecionadores até organizações criminosas internacionais, é hoje um dos atividades ilícitas mais lucrativas do mundo, com ganhos anuais de até US$ 6 bilhões, atrás apenas do tráfico de drogas e armas.
Entre os desafios do combate ao tráfico de obras de arte está a alta demanda por antiguidades e obras de arte, a leniência das sanções e a exploração de zonas de conflito e vulnerabilidade institucional. Estima-se que menos de metade dos países membros da Interpol fornecem dados sobre roubo de bens culturais, o que torna difícil medir a real dimensão do problema.

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Números da indústria
Este comércio clandestino é alimentado por um mercado legal em constante expansão. De acordo com o O Relatório do Mercado de Arte 2025as vendas globais de arte mudaram US$ 57,5 bilhões no ano passado, apesar da queda 12% em relação a 2023. Estados Unidos manter a liderança, respondendo por 43% de vendas, seguido por Reino Unido (18%) e por China (15%). A França, onde ocorreu o assalto ao Louvre, ocupa o quarto lugar, com US$ 4,2 bilhões nas transações — redução de 10% em relação ao ano anterior.

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Os números mostram que, mesmo numa desaceleração, o mercado da arte continua atractivo, tanto para investidores legítimos como para redes ilícitas. O valor simbólico e financeiro das peças históricas, aliado à dificuldade de rastreamento, cria terreno fértil para crimes sofisticados. Em 2019, o setor global já gerou mais de US$ 64 bilhõesde acordo com o O Relatório do Mercado de Arte 2020.
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