Mato Grosso do Sul Tilapia Produtores relatam perdas após o anúncio de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O setor, que aloca 99% da produção no mercado dos EUA, enfrentou cancelamentos de remessas e suspensão de novas produções.
“Quando a política se sobrepõe à economia, não há alternativa ao empresário”, disse Sérgio Longen, presidente da Federação de Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e vice -presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em uma entrevista com Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
Segundo ele, o termo imposto – a partir de 1º de agosto – não permite o ajuste logístico e comercial necessário para manter as exportações. “Nossa proposta, como empreendedora, é o adiamento. Ou seja, mais prazos para negociação”, disse ele.
Cancelamentos e suspensão de produção
Segundo Longen, os produtores estaduais embarcam em cerca de 150 toneladas de tilápia por mês para os Estados Unidos. O peixe, transportado refrigerado, é considerado um diferencial competitivo. “Essa tilápia é praticamente fresca, chega aos Estados Unidos simplesmente refrigerada”, explicou.
Com a incerteza sobre a tarifa, ele relatou que a produção foi suspensa em várias fazendas. “Automaticamente, quando você não tem o mercado disponível, suspende a produção”, disse ele, acrescentando que há demissões previstas no curto prazo.
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Regiões produtoras e alternativas de mercado
As principais regiões produtoras citadas são a fronteira com São Paulo e a região de Dourados. Segundo Longen, esperava -se exportar até 2.000 toneladas para o mercado dos EUA este ano.
A busca por novos destinos de exportação está em andamento, mas ocorre em requisitos sanitários específicos. “O mercado estrangeiro precisa de provas completas, e não é algo que acontece da noite para o dia”, disse ele. Ele ressaltou que o fato de o produto já ser aceito nos Estados Unidos pode facilitar as negociações com outros países.
Diálogo com o governo e barreiras políticas
Longen informou que o setor recebeu atenção do governo federal, que está disposto a discutir soluções técnicas. Ele mencionou o desempenho de parlamentares como os senadores Nelsinho Trad e Tereza Cristina, na tentativa de mediar o diálogo com o Congresso dos EUA.
No entanto, o obstáculo político tem difícil de promover as negociações. “Nos Estados Unidos, não podemos sentar com ninguém para falar sobre o tópico”, disse ele. Segundo ele, os comitês não estão ativos e a decisão se afastou diretamente da Casa Branca.
“Você não pode avançar na discussão objetiva de nossos produtos”, disse ele, referindo -se a tilápia, carne bovina e minério de ferro como setores afetados. Ele enfatizou que a única alternativa, no momento, é reavaliar a viabilidade econômica das exportações e procurar outros mercados.
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