Dólar se ajusta à queda ante pares do real e sinais do Fed – Times Brasil

O dólar está em queda frente ao real, em linha com a desvalorização externa frente às demais moedas latino-americanas. Mas os declínios no petróleo e no minério de ferro são limitantes.

Além disso, pesa muito a valorização do índice DXY, que se aproximou dos 100 pontos antes. O DXY desacelerou após o discurso de Stephen I. Miran, o mais novo membro do Conselho de Administração do Federal Reserve, dizendo que defenderá outro corte de 50 pontos-base nas taxas de juros se suas projeções se confirmarem. No fim de semana, o diretor Christopher Waller defendeu a manutenção dos cortes em dezembro e disse que aceitou o convite do presidente Donald Trump para chefiar o BC americano.

Segundo o ING, o aperto das condições monetárias e a redução das reservas bancárias por parte do Fed apoiam a moeda americana. A paralisação do governo americano chega ao seu 33º dia. O presidente dos EUA, Donald Trump, culpou os democratas pela paralisação do governo, enquanto o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a economia dos EUA continua sólida, apesar da recessão em alguns setores.

Na China, o PMI industrial do S&P Global/RatingDog caiu de 51,2 para 50,6, acima das previsões, mas o índice oficial caiu de 49,8 para 49, sinalizando a contração mais forte em seis meses.

Os investidores aguardam o andamento da agenda fiscal do governo no Congresso e a decisão do Copom na quarta-feira, que deve manter a taxa Selic em 15% ao ano. O Banco da Inglaterra (BoE) também anuncia uma decisão sobre a taxa de juros na quinta-feira.

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Na frente política, a CAE do Senado votará nesta terça-feira, 4, projetos que aumentam a isenção de IR para R$ 5 mil e taxam fintechs e apostas online. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu acelerar a PEC da Segurança Pública, relatada por Mendonça Filho (União-PE).

No Boletim Focus, a mediana da inflação suavizada em 12 meses foi de 4,06%, estável ante 4,21% do mês anterior. A mediana do IPCA 2025 caiu de 4,56% para 4,55%, ainda 0,05 ponto acima do teto da meta de 4,5%. Para 2026, a estimativa era de 4,20%, ante 4,28% há um mês.

O IPC-S desacelerou para 0,14% em outubro, após subir 0,19% no terceiro quadrimestre e 0,65% em setembro, segundo a FGV. O resultado ficou um pouco acima da mediana das projeções (+0,13%), que variou de -0,02% a +0,16%. O índice acumula alta de 3,42% no ano e de 3,60% em 12 meses.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) Ibre/FGV caiu 0,1 ponto em outubro frente a setembro, para 89,5 pontos, na série com ajuste sazonal.

Pesquisa Genial/Quaest mostra que 72% dos cariocas apoiam a classificação de facções criminosas como organizações terroristas. A pesquisa indica ainda que 85% defendem penas maiores para homicídios a mando do crime, 59% apoiam uma GLO no Estado e 72% dizem confiar na Polícia Militar, ante 65% em novembro de 2023.

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