O Ambipar obteve mais uma decisão favorável no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiroque manteve a medida cautelar responsável pela proteger seu patrimônio e o patrimônio de seu controlador, Tércio Borlenghi Juniorem meio ao processo de reestruturação financeira.
A decisão, proferida por 21ª Câmara de Direito Privadorejeitou o recurso apresentado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)que havia questionado a manutenção da proteção judicial concedida à empresa.
O Ministério Público procurou a execução imediata de garantias vinculados às debêntures de emissão da Ambipar — títulos garantidos por ações da própria empresa e pelo patrimônio pessoal do fiador. Além disso, a agência solicitou ao revogação da suspensão de salários dessas debêntures e autorização para credores retomarem execuções hipotecárias individuais.
Entre os principais solicitações negadas pelo Tribunal são:
- O execução imediata de garantias vinculados a debêntures;
- O liberação de ativos que estão atualmente sob proteção judicial;
- O revogação da suspensão dos prazos de vencimento da dívida emitido pela empresa;
- O autorização para continuar execuções individuais pelos credores.
Todos esses pedidos foram rejeitado pela diretoriaque manteve a decisão anterior. De acordo com a decisão, as garantias e bens envolvidos são considerados essenciais para a continuidade das operações da empresae possíveis execuções isoladas poderão comprometer a reestruturação financeira em curso.
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O Tribunal entendeu ainda que todas as decisões envolvendo os ativos da Ambipar deverão ser centralizadas no tribunal empresarial responsável pelo processoimpedindo cobranças ou execuções paralelas. Assim, eles permanecem as garantias prestadas aos credores são preservadas e vencimentos de dívida suspensos até que haja uma solução negociada.
Na prática, a decisão amplia escudo judicial da Ambipar e impede temporariamente a cobrança de debêntureso que adia o enfrentamento direto de suas obrigações financeiras. O Tribunal sustentou que a medida garante “tempo e equilíbrio” para buscar uma solução negociada, mas o resultado também mantém os credores impedidos de acessar os bens dados em garantia.
A decisão foi comemorada pela empresa, que classificou a manutenção da tutela como um passo importante para preservar suas operações e buscar um acordo sustentável com os credores. Contudo, o indeferimento dos pedidos do Ministério Público permanece incerto quanto ao ritmo da reestruturação e reforça a percepção de que o processo pode ser prolongadocom impacto direto aos investidores e titulares de debêntures suspensas.
Com a decisão colegiada, Ambipar permanece protegida contra execuçõesenquanto o Ministério Público ainda pode avaliar a possibilidade de apelo às autoridades superiores. Até então, o caso permanece sob fiscalização judicial, com o patrimônio da empresa e de seu controlador resguardados de cobranças individuais.
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