O macarrãouma das comidas mais democráticas do mundo, tem um dia dedicado a ela: 25 de outubro, Dia Mundial da Massa. No Brasil, a data reforça a força econômica e cultural de um setor que continua a crescer apesar das oscilações cambiais e da forte dependência do trigo estrangeiro.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi), com base na NielsenIQ, o mercado de macarrão cresceu 4,2% na receita e mudou-se R$ 7,7 bilhões no primeiro semestre de 2025com mais de 654 mil toneladas vendidas.
Para o macarrão seco respondem por 82% da categoria, com R$ 4,5 bilhões no faturamento. As versões de semolina e semolina com ovos representam mais de dois terços do volume vendido. Já o macarrão instantâneopresente em 14,6% das vendas, totalizou R$ 2,9 bilhões e 95 mil toneladas.
O estudo de Worldpanel por Numeradorencomendado pela Abimapi, mostra que o macarrão está presente em 99% dos lares brasileiros. O consumo é mais intenso entre jovens até 39 anos (40%), pessoas que moram sozinhas (32,7%) e o classe C (46,3%).
“A massa é um produto essencial no orçamento familiar e sua penetração praticamente universal mostra sua força como solução versátil e acessível”, afirma Claudio Zanão, presidente executivo da Abimapi.
Exportações
Donald Trump tentou, mas não foi suficiente para impedir a exportação de massas brasileiras. Segundo dados obtidos exclusivamente pela Times Brasil – Licenciada Exclusiva CNBCa exportação de massas alimentícias no período de janeiro a setembro de 2025 resultou em receita de US$ 26 milhõeso que representa um aumento 16,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em volume, foram exportados 12,9 mil toneladasum avanço de 11,9%.
Do ponto de vista da competitividade da categoria, resultado dos primeiros nove meses do ano foi ‘muito positivo’ para as massas instantâneo, que cresceu 32,5% até setembro deste ano.
O Brasil é o principal fornecedor de massas no Paraguai e no Uruguai, além de ser o 4º maior fornecedor da Colômbia e o 6º do Chile. Você maiores mercados compradores das massas brasileiras, em valor, de janeiro a setembro de 2025, são:
- Uruguai: US$ 4,6 milhões (+6,8%)
- Colômbia: US$ 4,6 milhões (+20,2%)
- Argentina: US$ 3,6 milhões (+741,1%)
- Estados Unidos: US$ 3,5 milhões (-21,8%)
- Chile: US$ 3,4 milhões (+62,0%)
Segundo Rodrigo Iglesias, diretor internacional da Abimapia tarifa afetou a exportação da categoria de massas para os EUA, queda de 21,8% no mesmo período. Por outro lado, todos os outros cinco países que mais exportam apresentaram crescimento.
“Para superar o cenário, o setor busca ampliar mercados, nos últimos dez anos o país saltou de 34 países exportadores para 100, em 2025”, disse.
Apesar do aumento nos embarques, o Brasil ainda apresenta déficit nesse mercado. Em 2025, a balança comercial de massas é negativa em 22,3 milhões de dólares. O país importou US$ 48,3 milhões e exportou US$ 26 milhões.
“Resultado da importação principalmente de massa seca grano durum, já que a maior parte vem da Itália (US$ 38,4 milhões)”, acrescentou Iglesias.
.Leia mais:
A inflação de alimentos e bebidas caiu pelo quarto mês consecutivo em setembro
Índice global de preços de alimentos cai 0,69% em setembro, impulsionado por cereais, laticínios e açúcar
Inovação e mudança de hábitos
O desafio dos fabricantes é manter a tradição e, ao mesmo tempo, atender às novas demandas. Para Maurizio Scarpa, diretor geral da Barilla no Brasilo mercado vive “um momento promissor, mas desafiador”. Ele destaca que o futuro das massas depende inovação nutricional e sustentabilidade. “A reformulação com proteínas, fibras e ingredientes funcionais como lentilha e grão de bico está em expansão, acompanhada de embalagens sustentáveis e eficiência na cadeia produtiva”, afirma.
O Selmidono das marcas Renata, Galo e Todeschiniinveste em produtos com apelo saudávelcomo a linha Veggie Protein+, rica em proteína vegetal, e a Massa Espaguete Orgânica Renata. “O desafio é inovar sem perder o sabor e a tradição”, afirma Marcelo Guimarães, diretor comercial da empresa.
Em Comida de orquídeao foco é valorizar a experiência do consumidor. A marca lançou a linha Massas Mais Molho, feita em forma de bronze, que absorve melhor os temperos e aproveita ovos de galinhas livres de gaiolasreforçando o compromisso com a qualidade e o bem-estar animal.
O Urbano continua ampliando seu portfólio, com massas sem glúten, massas de grão de bico e versões infantis com personagens da Disney. “O consumidor busca leveza e nutrição, mas sem abrir mão da praticidade e de preços acessíveis”, explica Janine Franzner Klitzke, gerente de marketing.
Já o Bifumpioneira em macarrão de arroz, consolidou-se como referência nesse nicho. “O produto tem apenas dois ingredientes – arroz e água – e está em linha com o estilo de vida atual, que é mais leve e saudável”, afirma. Ellian Chianggerente comercial.
Praticidade e custo-benefício
Na avaliação de Anna Carolina Martins Teixeira, diretora executiva de marketing da M. Dias Brancoo crescimento da categoria está ligado ao custo benefício e comodidade.
“A inovação é fundamental para educar o consumidor sobre os diferentes tipos de massas e ampliar seu repertório de consumo”, explica. A empresa lançou o Lámen Zero Fritura, nas marcas Adria, Isabela e Vitarellavoltado para quem busca praticidade com apelo saudável.
Com presença em praticamente todos os lares brasileiros e em crescimento contínuo, o setor de massas alimentícias confirma sua importância na economia. O Abimapique representa mais de 110 empresas responsáveis por 80% da produção nacionaldestaca que a massa é hoje um símbolo de estabilidade de consumocombinando tradição, inovação e resiliência económica — atributos que mantêm a comida firme no prato e no orçamento das famílias brasileiras.
Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Céu | Canal 592 ao vivo | Canal 187 Olá | Operadores regionais
TV SINAL ABERTO: antena parabólica canal 562
ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais RÁPIDOS: Samsung TV Plus, canais LG, canais TCL, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos fluxos