O jornalista Mino Carta Ele morreu na terça-feira, 2 de setembro, aos 91 anos, no Hospital Sírio-Lebanês, em São Paulo, onde foi hospitalizado por duas semanas devido a complicações de saúde que pioraram ao longo do ano passado. Criador de revistas Veja, Istoé, quatro rodas e carcapitaltambém se juntou à equipe fundadora de Jornal Da Tardeconsolidando uma trajetória que atravessou seis décadas de jornalismo.
Nascido em Gênova, Itália, em 1932Fazia parte da terceira geração de jornalistas de sua família. O avô, Luigi Bucherucci, era diretor do jornal Genoeese Cafparo até que seja removido pela perseguição fascista. Em 1946, aos 13 anos, Mino chegou ao Brasil com seus pais. Em texto autobiográfico, ele descreveu suas primeiras impressões de São Paulo, então com 1,5 milhão de habitantes, como uma cidade “ordenada, elegante e manorial”, remanescente das ruas centrais e da avenida Paulista dominada por Casarons.
Na década de 1950, ele entrou na USP Law School, mas abandonou o curso para seguir o jornalismo. Em 1958, ele começou na editora Abril e, aos 27 anos, assumiu a direção da revista recém -criada Quatro rodasTornando -se uma referência mesmo sem conexão anterior com o universo automóvel. Alguns anos depois, em 1966, ele participou da criação do Jornal Da TardeDo grupo estadual, que renovou o idioma da imprensa brasileira.
Em 1968, lançou o Olharonde atuou como diretor de escrita durante o período da ditadura militar. Conhecida por sua postura crítica, Mino viveu confrontos com censura e deixou a editora abril anos depois. Em 1976, ele fundou o Aquilo éna editora três, consolidando o modelo semanal de revistas de informações no país.
Nos anos 90, criou o CartacapitalLançado em 1994, uma publicação que recentemente concluiu 31 anos, com jornalismo crítico e analítico.
Além das redações, Mino Carta publicou livros, como O castelo âmbar (2000) e A sombra do silêncio (2003), Mistura de ficção e autobiografia. Em 2013, foi lançado Brasile em 2016 publicado A vida de Mat. Recebeu prêmios importantes, como o título de Jornalista brasileiro mais proeminenteconcedido pela Associação de Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil e o título de Doutor Honoris Causa pelo Cásper Líbero College.
Nos últimos anos, manteve sua participação ativa no Cartacapital e em um blog pessoal, onde reforçou posições críticas sobre os governos e o judiciário. Para ele, o jornalismo deve resistir a pressões e transformações políticas impostas pela tecnologia. Fiel à sua máquina de escrever OlivettiEle até disse que a imprensa era o risco de ser “engolido e escravizado pela nova mídia”.
A carta deixa um legado de coragem editorial, publicações que marcaram a era e uma visão da imprensa que desafiaram governos, empresários e poder.
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