Com o aumento dos fluxos de capital produtivo, o Brasil encerrou o primeiro semestre de 2025 como o segundo maior destino de investimento estrangeiro direto no mundo.
Segundo dados divulgados para o Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)o país recebeu US$ 38 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED) entre janeiro e junho — alta 48% sobre o US$ 25,6 bilhões registrado no mesmo período de 2024.
Com esse resultado, o Brasil manteve sua segunda posição no ranking mundial de IDEatrás apenas do Estados Unidosque adicionou US$ 149 bilhõese na frente de Reino Unido (US$ 37 bilhões), Canadá (US$ 34 bilhões) e México (US$ 32 bilhões).
É o segundo semestre consecutivo em que o país ocupa o segundo lugar mundial na atração de capital produtivo, reforçando o seu papel de destaque entre as economias emergentes.
O Investimento Estrangeiro Direto (IDE) é o capital que empresas ou investidores de um país investem em negócios produtivos de outro, com a intenção de uma participação duradoura. Envolve a abertura de filiais, a compra de empresas ou o reinvestimento de lucros, sendo um indicador de confiança e integração económica.
Reinvestimento e empréstimos entre empresas sustentam fluxo
A OCDE atribui o bom resultado do Brasil, assim como o da China, ao reinvestimento de lucros e o ajustes de empréstimos entre empresas do mesmo grupo econômico.
Essas operações refletem o interesse das multinacionais em ampliar sua presença no país, mesmo diante de um cenário global de incerteza e fragmentação das cadeias produtivas.
Brasil recebeu US$ 21,7 bilhões no primeiro trimestre e US$ 15,8 bilhões no segundo — valor ainda superior ao US$ 12,9 bilhões registrado no mesmo período de 2024.
Brasil, China e Índia impulsionam o progresso entre os países emergentes do G20
No contexto de G20a OCDE agrupa o Brasil com Índia e China como os países que liderou o crescimento do investimento estrangeiro direto entre as economias emergentes.
Enquanto o Índia se destacou pela ampliação das contribuições em tecnologia e serviçose o China recebeu mais fluxos em fabricação avançadao Brasil foi citado por expansão de projetos greenfield em energia renovável e produção industrialáreas consideradas estratégicas na transição energética global.
Estabilidade em meio à incerteza global
Você fluxos globais de IDE somado US$ 663 bilhões entre janeiro e junho, volume 6% inferior ao primeiro semestre de 2024.
Após um aumento de 18% no primeiro trimestre, houve uma queda de 38% no segundo, refletindo a desaceleração global.
Mesmo nesse contexto, o Brasil se destacou como único país latino-americano entre os cinco maiores destinos de investimento direto.
O Méxicoem quinto lugar, recebeu US$ 32 bilhõesimpulsionado pelo reinvestimento dos lucros das multinacionais.
Segundo a OCDE, a resiliência brasileira resulta de diversificação setorial — com contribuições em manufatura, energia renovável, agronegócio e tecnologia – e um mercado interno robustoo que mantém o país atraente para o capital internacional.
Classificação global do IDE em bilhões de dólares
| Posição (1S25) | País | 1º semestre de 2024 | Ano 2024 | 1º semestre de 2025 |
|---|---|---|---|---|
| 1 | Estados Unidos | 140 | 286 | 149 |
| 2 | Brasil | 25,6 | 59 | 38 |
| 3 | Reino Unido | 18 | 15 | 37 |
| 4 | Canadá | 10 | 22 | 34 |
| 5 | México | 27 | 44 | 32 |
| 6 | China | 15 | 27 | 28 |
| 7 | França | 12 | 20 | 24 |
| 8 | Índia | 11 | 9 | 24 |
| 9 | Suécia | 14 | 33 | 19 |
EUA lideram; Reino Unido e Canadá recuperam
Você Estados Unidos manteve a liderança global com US$ 149 bilhõesum aumento de 6% em relação ao mesmo semestre de 2024.
O Reino Unido apresentou forte recuperação após resultados negativos em 2024, e o Canadá as suas entradas de capital mais do que triplicaram no período.
China e Índia também registrou avanços significativos, refletindo a retomada do projetos greenfield e maior reinvestimento dos lucros.
Em Europaa recuperação foi desigual: França e Alemanha cresceu, mas Irlanda sofreu um declínio acentuado devido à repatriação de lucros das multinacionais americanas.
Tendência global e saídas de capital
Em países de OCDEOs fluxos de IDE caíram 4%, impactados pela desaceleração europeia.
Entre aqueles que emergem de G20o fluxo cresceu 31%com Brasil, China e Índia entre os principais vetores dessa expansão.
No saídas de capitalo Japão manteve a liderança global (US$ 98 bilhões), seguida por China (US$ 61 bilhões) e Luxemburgo (US$ 57 bilhões).
As empresas de Estados Unidos reduziram seus investimentos externos em 19%, em meio à repatriação de lucros e ajustes intra-empresa.
O OCDE destaca que, embora os volumes globais ainda estejam abaixo dos níveis históricos, o mapa de investimento direto mostra uma mudança estrutural: Grandes economias emergentes, como o Brasil, estão ganhando cada vez mais relevância na geografia do capital internacional.
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