Os Estados Unidos não enviarão representantes à COP30, conferência das Nações Unidas sobre o clima, marcada para novembro, em Belém (PA). A decisão foi confirmada por um responsável da Casa Branca, que afirmou que o presidente Donald Trump já tinha deixado clara a posição do seu governo sobre o assunto durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Na altura, Trump classificou as alterações climáticas como “a maior fraude do mundo” e criticou as políticas ambientais adotadas por outros países, que, segundo ele, “custam fortunas aos seus países”. Segundo a Reuters, o governo americano reforçou que continuará a priorizar acordos bilaterais voltados para a segurança energética, ao invés de participar de tratados climáticos multilaterais.
Retaliação e pressão internacional
No início de Outubro, os Estados Unidos ameaçaram impor restrições de vistos e sanções contra nações que apoiassem um plano da Organização Marítima Internacional (IMO) para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa provenientes do transporte marítimo. As ameaças levaram a maioria dos membros da IMO a adiar por um ano a votação sobre a implementação de um preço global do carbono para o setor marítimo.
Segundo o responsável da Casa Branca, “o presidente está a interagir diretamente com líderes de todo o mundo em questões energéticas, o que pode ser visto em acordos comerciais e de paz com foco em parcerias energéticas”.
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Desde o início do mandato, o governo americano tem procurado incluir acordos energéticos bilaterais nas suas negociações comerciais, principalmente para expandir as exportações de gás natural liquefeito (GNL) para países como a Coreia do Sul e a União Europeia.
Relações com a China e recusa de pactos ambientais
Nesta sexta-feira (31), o secretário de Energia, Chris Wright, afirmou que há “espaço para um grande comércio de energia entre a China e os Estados Unidos”, destacando a demanda chinesa por gás natural num momento em que os dois países discutem tarifas.
Trump também havia anunciado em seu primeiro dia de governo a saída dos EUA do Acordo de Paris, que completa dez anos em 2025. A retirada formal entrará em vigor em janeiro de 2026, o que permitiria ao país ainda participar da COP30 — decisão que o governo já descartou. O Departamento de Estado continua a analisar a participação americana noutros acordos ambientais multilaterais.
No início deste ano, Washington também tentou bloquear um tratado global para reduzir a poluição por plásticos, pressionando outros países a não apoiarem limites à produção de plástico.
Mudando o foco nas políticas climáticas
O responsável da Casa Branca disse que “a maré está a mudar” no que diz respeito à prioridade dada à agenda climática global, citando um memorando recente do empresário Bill Gates, que defendeu a necessidade de reavaliar os objectivos de temperatura global. No documento, Gates defende que a crise climática “não levará à extinção da humanidade” e que os esforços internacionais devem concentrar-se na inovação e adaptação energética.
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