O presidente da Associação Brasileira de Indústria Rock Ornamental (Abirochas), Reinaldo Sampaio, disse que o setor é positivo como a possível isenção de uma das principais categorias de exportação brasileira de tarifas impostas pelos Estados Unidos. A declaração foi feita em uma entrevista com Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
Segundo ele, o código NCM 6802.9900 de nomenclatura comum do Mergosur, que classifica as placas de quartzito e outras rochas trabalhadas, terem sido fora da tarifa americana. “Se essa interpretação estiver correta, alguns dos produtos que exportamos para os Estados Unidos estariam a salvo dessa sanção”, afirmou.
No primeiro tempo, o Brasil exportou cerca de US $ 423 milhões em rochas ornamentais para o mercado dos EUA. Desse total, aproximadamente 280 milhões se enquadram na nomenclatura que, segundo Abirochas, seriam isentos.
O executivo considerou que ainda há uma falta de clareza sobre o escopo do decreto. “É um ambiente muito confuso e impreciso. Estamos interpretando como uma isenção neste item específico”, disse ele.
Pequenas empresas devem sentir mais impacto
Embora a maior parte do valor exportado possa escapar da sobretaxa, Sampaio enfatizou que os efeitos para o setor não são uniformes. Ele explicou que a exportação de placas de quartzito é realizada por empresas maiores, concentrada principalmente em Bahia e Minas Gerais.
O menor, que trabalha com mármore e granito, pode ser mais afetado. “Isso terá um impacto difícil, com consequências econômicas e sociais do ponto de vista do emprego”, afirmou.
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A China é uma alternativa para compensar as perdas
Como alternativa ao impacto tarifário nos EUA, os Abirochas propuseram à negociação do governo brasileiro com a China para reduzir a tarifa de 25% sobre produtos de rochas ornamentais. Atualmente, as matérias -primas brasileiras entram no país asiático com zero tarifa.
“Se vendermos metade das matérias -primas na forma de produto fabricado, estamos falando de US $ 400 milhões em exportações”, estimou o presidente da entidade. O volume atual gira entre 180 e 200 milhões de dólares por ano, disse ele.
Sampaio relatou que essa eleição é antiga e remonta ao período do governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele defendeu a possibilidade de conceder por um tempo limitado ou por cotas, dentro do cenário atual de aproximação entre os países do BRICS.
O mercado doméstico ainda tem baixa adesão
Sobre o mercado doméstico, o presidente de Abirochas disse que o consumo de rochas ornamentais ainda é limitado. Atualmente, eles representam cerca de 8% a 10% dos materiais de revestimento usados na construção civil brasileira. Segundo ele, mesmo um aumento de duas porcentagens nesse mercado pode resultar em 20% de crescimento na demanda.
A entidade promoveu ações em parceria com a Associação Brasileira de Designers de Interior (ABD) para expandir o uso de pedra natural na arquitetura e urbanismo. Entre os argumentos defendidos estão a durabilidade do material, o baixo consumo de energia no processo de produção e a possibilidade de reutilização da água.
“Ainda há espaço para expandir o uso da pedra natural na construção civil brasileira”, concluiu.
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