O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (12) que Israel está preparado para receber “imediatamente” todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos palestinos na Faixa de Gaza.
A declaração surge às vésperas do início de um cessar-fogo que prevê a troca de reféns por prisioneiros palestinianos e uma expansão significativa da ajuda humanitária ao enclave.
“Israel está preparado e pronto para receber imediatamente todos os nossos reféns”, disse Netanyahu num comunicado divulgado pelo seu gabinete. Segundo as autoridades israelitas, os reféns libertados serão levados para hospitais e bases militares para avaliação médica e identificação.
Cessar-fogo e libertação de prisioneiros
O acordo mediado pelos Estados Unidos, Egipto e Qatar prevê a libertação de 48 reféns israelitas em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos detidos em Israel. Entre eles estão 250 pessoas que cumprem penas de prisão perpétua e 1.700 capturadas em Gaza durante os dois anos de conflito.
Uma mensagem enviada às famílias dos reféns pela coordenadora israelense para Reféns e Pessoas Desaparecidas, Gal Hirsch, disse que as libertações deveriam começar na manhã de segunda-feira. Segundo Hirsch, existe uma operação montada para receber reféns vivos e corpos de vítimas que não sobreviveram ao cativeiro.
As autoridades israelenses acreditam que cerca de 20 reféns ainda estejam vivos. Foi criada uma força-tarefa internacional para localizar e identificar os mortos que não retornam no prazo de 72 horas após o início do cessar-fogo.
Ajuda humanitária e reconstrução
O cessar-fogo também abre caminho à expansão da ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O órgão de defesa israelense responsável pela coordenação com as organizações civis, Cogat, informou que o volume de caminhões com suprimentos deverá aumentar para cerca de 600 por dia.
O Egito confirmou o envio de 400 caminhões com alimentos, remédios, barracas, cobertores e combustível, todos sujeitos à fiscalização israelense antes de entrar no território. A ONU estima que 170 mil toneladas de suprimentos estarão prontas para serem entregues assim que as fronteiras forem reabertas.
Nos últimos meses, o bloqueio e os combates reduziram as entregas humanitárias a 20% do necessário, causando uma grave crise de fome e deslocamentos. A guerra deixou mais de 67 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, e destruiu grande parte da infra-estrutura do território.
Visita de Trump e cimeira de paz
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá chegar a Israel na manhã de segunda-feira. Segundo a Casa Branca, ele se reunirá com as famílias dos reféns e fará um discurso no Knesset, o parlamento israelense.
Após a visita, Trump viajará ao Egipto para co-presidir uma cimeira de paz com o Presidente Abdel-Fattah el-Sissi, que contará com a presença de líderes regionais e internacionais. A reunião deverá discutir o futuro político de Gaza e o papel das forças internacionais na reconstrução do território.
Incógnitas após dois anos de guerra
O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas ao sul de Israel, causou mais de 67 mil mortes em Gaza e o deslocamento de 90% da população do enclave. Em Israel, cerca de 1.200 pessoas foram mortas no ataque inicial e 250 foram sequestradas.
Embora o cessar-fogo seja visto como um passo para acabar com a guerra, o futuro político da Faixa de Gaza ainda é incerto. Questões como a governação local e o destino do Hamas permanecem em aberto. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que os militares foram instruídos a preparar planos para destruir a rede de túneis subterrâneos do Hamas “sob supervisão internacional liderada pelos Estados Unidos” assim que os reféns forem libertados.
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