Menos de uma semana do prazo para a formalização de tarifas impostas aos produtos importados do Brasil pelo presidente Donald Trump, o governo e os empresários ainda estão procurando diálogo para uma negociação. O cenário, embora incerto, ainda parece promissor para Roberto Gianetti, economista e ex -secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
“Ainda estamos em um momento muito preliminar e absolutamente incerto. Não há nada sobre a tabela, para que já possamos dizer que a negociação está em andamento. Há conversas, algumas outras disposições informais, preliminares, mas há uma disposição, o que é importante, disse ele”, disse ele. Em uma entrevista com Jornal Times Brasil exclusivo CNBC.
“Não é algo que dói apenas no Brasil, também dói nos Estados Unidos. E não há razão, uma razão factual para essa tarifa ser implementada”, diz ele. “Todo o argumento legal e econômico que poderia justificar esse ato do poder executivo é muito frágil. Ele não representa um argumento suficiente, uma decisão suficiente para que possa levar a 50% da tarifa. Portanto, inclusive no tribunal, já existem processos de importadores americanos pedindo nula se a tarifa for implementada”.
A implementação da tarifa está condicionada à assinatura de um decreto pelo poder executivo e provavelmente será formalizada no último dia do mês, 31 de julho, para estar em vigor a partir de 1º de agosto. É essencial que essa decisão seja acompanhada de uma justificativa que explique os fatores determinantes para a adoção da medida, assim, a transparência e a legitimidade e a legitimidade.
“E onde pode estar a fragilidade dos Estados Unidos. Eles não têm argumento legal que permita essa decisão do governo dos EUA”.
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Setorização tarifária e ajuda a exportadores
Dado o cenário em que muitos setores procuraram entrar com ações judiciais, como importadores de laranja, para evitar tarifas em seus principais produtos, Gianetti diz que não vê a excepcionalização de setores como um ativo.
“Temos que evitar a tarifa como um todo. É injustificável que não seja o setor a ou o setor B, é injustificável para todas as exportações. Portanto, não faz sentido tomar, por exemplo, suco de laranja e permanecer embrainador ou aeronave de café. Ou os produtos de proteína animal, carne e outros, que estão em uma situação muito grave. diz.
Segundo ele, a questão do produtor brasileiro não seria competitiva, mas de liquidez financeira, porque ele está carregando ações finais de produtos sem destino imediato.
Uma das soluções que ele vê é a oferta de capital de giro na forma de ACC, adiantamento do contrato de câmbio: o banco central fornece liquidez aos bancos brasileiros usando parte de suas reservas para dar mais liquidez aos bancos – não aos exportadores diretamente. Assim, os bancos podem estender o prazo de 180 a 360 dias e manter o capital de giro dos exportadores em operação.
Assista à entrevista completa no vídeo acima.
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