Para o vendas de carros eletrificados não pare de crescer Brasil. Em 2023, 94 mil híbridos e elétricos foram registrados no país. Em 2024o número saltou para 170 mil e, este ano, deverá superar 200 mil unidadesde acordo com ABVEque reúne empresas do setor. O aumento do interesse do consumidor é acompanhado por dúvidas sobre esse novo universo. Tendo isso em mente, o Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC consultado especialistas para esclarecer as principais questões.
Uma das maiores preocupações está ligada à vida útil da bateriao componente mais caro dos veículos híbridos e elétricos. Segundo Clemente Gauerdiretor e membro do conselho da ABVE, isso é coisa do passado. “O maior medo de todos, a bateria, não é mais problema. Sua longevidade costuma ultrapassar uma década de uso intenso, superando os motores e transmissões dos carros a combustão”, afirma.
Segundo ele, o Montadoras oferecem garantia mínima de oito anos ou 160 mil km quanto a degradação e defeitos. “Um sinal claro de que a vida útil real vai além. Estudos e relatórios de proprietários indicam até 20 anos”, acrescenta.
Em caso de elétrico usadoGauer dá uma dica: “Confira as avaliações e peça um relatório de integridade da bateria (SoH) se o carro tiver mais de oito anos ou 300 mil km rodados.”
Autonomia e recarga
Diretamente ligado à bateria — e a fatores como o estilo de condução —, o autonomia é outra fonte de insegurança para aqueles que estão dando os primeiros passos no mundo da carros elétricos (VEs). Para Carlos Augusto Serra Romadiretor técnico da ABVE, ao considerar vantagens como recarregar em casa e o menor custo por quilômetro rodadodificilmente alguém que compra um carro elétrico volta para um modelo a combustão.
Contudo, nem todos podem ter um carregador de caixa de embutir ou até mesmo uma tomada dedicada em casa. É o caso dos moradores de edifícios antigosonde os requisitos legais e de design inviabilizar a instalação de sistemas de recarga.
Embora o oferta de carregadores públicos está crescendo, especialmente em grandes cidades como São Pauloainda é limitado em algumas regiões. “O Brasil tem cerca 16 mil pontos de carregamento públicos e semipúblicosdistribuído em quase 1.500 municípios. A maioria ainda está carga lenta (AC). A boa notícia é que o número de carregadores rápidos (DC) tem aumentado rapidamente e este será precisamente o infraestrutura de alta potência em rodovias que mais crescerá nos próximos anos, possibilitando viagens longas e conectando regiões do país”, explica Roma.
Segundo ele, o híbridos plug-in (PHEV) área alternativa de transição para quem ainda tem medo de adotar o elétrico puro. “É possível rodar em modo 100% elétrico na cidade e em modo híbrido em viagens longas”, afirma.
Revenda
Como os elétricos ainda estão minoria em um mercado dominado por carros a combustãoo revenda continua a ser um desafio para alguns consumidores. Mas isso está mudando, de acordo com Marcelo Barrosdiretor geral da plataforma de vendas Autorola.
Fatores como maior acesso à tecnologiacom modelos até R$ 150 mile o baixo custo de manutenção também atraíram compradores mercado usadodiz Barros. Mesmo assim, o desvalorização ainda é uma variável importante.
“Se levarmos em conta os modelos elétricos premium, a desvalorização é desconhecida. perdas significativas em um ano de usoalgo que não acontece com os bondes mais baratos”, afirma. Segundo ele, o alta rotatividade de energia elétrica de entrada no mercado de usados ajuda a explicar este comportamento.
Custo de manutenção e reparos
Quando o assunto é manutençãoOs veículos 100% elétricos apresentam vantagens, mas também desafios. Por um lado, eles têm menos componentes e peças móveis do que os carros a combustão – não há velas de ignição, filtros de combustível ou óleo e nenhum sistema de escapamento. Por outro lado, ainda existem escassez de peças e profissionais qualificadoso que pode aumentar os custos fora da rede autorizada.
“Em veículos 100% elétricos (BEV), o manutenção preventiva é cerca de 15% mais barata do que os modelos a combustão”, afirma Danilo Fragado Fraga Consultoria. “No entanto, eles ainda enfrentam desafios, como Dificuldade em encontrar peças e oficinas especializadas. Para efeito de comparação, os carros a combustão têm mais de 101 mil oficinas mecânicas espalhados por todo o Brasil”, explica.
Em casos de reparos e intervenções corretivasvocê veículos elétricos ainda têm uma desvantagem. “Os custos são muito mais elevados. bateria de alta tensão pode custar entre R$ 23 mil e R$ 65 milcom vida útil estimada de 15 anos. Já é um motor de combustão pode ser ajustado para valores entre R$ 2,5 mil e R$ 12 mile tende a durar até 20 anos”, afirma o consultor.
Assim, embora o carro elétrico fornecer economia anual em manutenção preventivaum falha mais grave pode rapidamente anular esta vantagem. “Pode representar um custo significativo de reparo para o consumidor”, finaliza Fraga.
O post Vendas de carros elétricos no Brasil devem ultrapassar 200 mil unidades, mas o que você precisa saber antes de comprar apareceu primeiro em Times Brasil – Licençado Exclusivo CNBC.