O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse ao Financial Times na quarta-feira que “a China vencerá a corrida da IA”, mas divulgou uma declaração consideravelmente mais suave logo depois.
O líder da indústria tecnológica falou à margem da Cimeira do Futuro da IA do FT, onde alertou que a China ultrapassaria os Estados Unidos em inteligência artificial graças a custos de energia mais baixos e regulamentações mais flexíveis.
Os comentários, que CNBC não conseguiu verificar de forma independente, representaria o aviso mais contundente de Huang de que os Estados Unidos correm o risco de perder a sua liderança global em tecnologias avançadas de IA.
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No entanto, poucas horas depois da publicação do relatório do TFA Nvidia divulgou um comunicado separado de Jensen em uma conta oficial do X.
Tradução livre: “Como afirmei há muito tempo, a China está nanossegundos atrás dos Estados Unidos em IA. É vital que os Estados Unidos ganhem ao acelerar e conquistar desenvolvedores em todo o mundo”, acrescentou.
Huang argumentou durante anos que os EUA podem manter sua liderança na corrida de IA, mantendo os desenvolvedores dependentes dos chips avançados de IA da Nvidia – um argumento que o CEO usou para pressionar contra as restrições de exportação nas vendas da empresa para a China.
Após reuniões com o presidente dos EUA, Donald Trump, em julho, parecia que os esforços de Huang tinham surtido efeito, com Washington concordando em aliviar algumas limitações aos chips.
De acordo com o plano, a Nvidia e a concorrente AMD, fabricante de chips de IA, concordaram em pagar ao governo dos EUA 15% de suas receitas na China provenientes da venda de processadores de IA existentes adaptados para o mercado local.
No entanto, desde então, Pequim barrou a Nvidia do mercado, iniciando uma revisão de segurança nacional em seus chips, com Huang alegando que a participação da empresa foi reduzida a zero.
Ainda não está claro se a China permitirá a devolução de quaisquer chips Nvidia, à medida que as autoridades pressionam as empresas de tecnologia locais a adotar alternativas domésticas de chips de IA. Alguns especialistas, no entanto, especulam que Pequim está a utilizar o acesso ao mercado como moeda de troca nas negociações comerciais ou para pressionar Washington a expandir o acesso chinês a semicondutores avançados.
Huang esteve na Coreia do Sul no mês passado durante a reunião de Trump com o presidente chinês Xi Jinping. As tão esperadas negociações comerciais entre os dois líderes não resultaram em concessões de nenhuma das partes na política de chips.
De acordo com o Jornal de Wall StreetTrump inicialmente procurou discutir um pedido de Huang para permitir a venda de uma nova geração de chips de IA para a China. No entanto, altos funcionários mobilizaram-se contra a ideia, informou o jornal, citando actuais e antigos funcionários da administração sob condição de anonimato.
Agora que o acesso da Nvidia à China permanece congelado, parece que Huang está voltando sua atenção para outros tópicos que considera essenciais para o crescimento da empresa e para a corrida pela IA.
Na entrevista com TFHuang teria expressado preocupação pelo facto de o Ocidente, incluindo os Estados Unidos, estar a ser limitado pelo “cinismo” e por regulamentações excessivas – em contraste com os subsídios energéticos da China, destinados a reduzir custos para os promotores locais que utilizam chips nacionais.
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Este conteúdo foi fornecido por CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.