O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta sexta-feira (7) às COP30durante a sessão temática dedicada a 10 anos do Acordo de Paris. Em seu discurso, ele voltou ao conceito de desenvolvimento sustentável apresentado por Josué de Castro na Conferência de Estocolmo em 1972.
Lula afirmou que contribuições determinadas nacionalmente (NDCs) São o instrumento central para orientar o desenvolvimento com equilíbrio. Segundo ele, dados da Agência Internacional de Energia mostram que, no ano passado, o crescimento das emissões foi inferior ao do PIB global, indicando a possibilidade de um novo modelo econômico de uma economia sustentável e inclusivo.
O presidente também destacou a vulnerabilidade desigual ao aquecimento global. Ele disse que as regiões América latinado Ásia e de África correm o risco de se tornarem inabitáveis e que as ilhas do Caribe e o Pacífico pode desaparecer. Em seu discurso, defendeu que a COP sediada na Amazônia reconheça o papel da territórios indígenas como instrumento de mitigação.
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Lula afirmou que o mundo ainda está longe da meta de limitar o aquecimento a 1,5°C. Mencionou que 100 países apresentaram novas NDC abrangendo todos os sectores económicos, mas destacou que o planeta ainda segue uma trajectória de cerca de 2,5°C. Disse ainda que é necessário “adotar medidas adicionais capazes de colmatar o fosso entre a retórica e a realidade”.
O presidente destacou que Belém deveria ser o local para renovar os compromissos do Brasil com o Acordo de Paris. Ele defendeu que a COP30 avance no alinhamento das NDCs com a chamada missão 1,5e afirmou que exigir ambição dos países em desenvolvimento sem meio de implementação é “injusto e irrealista”.
Ao tratar do financiamento climático, Lula mencionou o caminho Baku – Belémque propõe metas para mobilizar em torno US$ 1,3 trilhão anualmente. Afirmou que apenas uma pequena parcela dos recursos chega ao mundo em desenvolvimento e criticou o modelo de empréstimo, classificando-o como “financiamento reverso”.
O presidente defendeu mecanismos de trocando dívida por ação climáticaampliando a participação de capital privado em investimentos ambientais. Ele citou dados da Oxfam sobre a desigualdade de emissões e afirmou que tributar super rico e o imposto mínimo sobre multinacionais pode gerar novas receitas para a agenda climática.
Lula também falou sobre o potencial mercados de carbonodefender parâmetros comuns entre os países. Ele disse que a coalizão lançada por Brasil, China e União Europeia busca ampliar a escala desses mercados. Acrescentou que ainda existem tarefas pendentes a nível multilateral, como a melhoria das metodologias de contabilidade do financiamento climático.
Ao final, Lula reiterou a necessidade de fortalecer bancos multilaterais e mais uma vez defendeu a criação de um Conselho do Clima acompanhar a implementação das metas e encerrou o discurso enfatizando a importância de multilateralismo e afirmando que a resposta à crise climática deve ser construída “por todos e para todos”.
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