A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de manter a taxa selecionada em 15% ao ano. De acordo com a entidade, a política monetária atual é excessivamente contracionista e impõe custos desnecessários à economia, especialmente a indústria, que já enfrenta um cenário adverso.
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“Já tivemos o aumento do IOF em crédito e troca, bem como o aumento nas tarifas dos EUA sobre nossas exportações. O momento exige uma política de crescimento mais favorável”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban. Segundo ele, o impacto da quitação da IOF deve aumentar em R $ 4,9 bilhões o custo de crédito para as empresas, enquanto as barreiras comerciais dos EUA podem reduzir a produção industrial e causar perda de emprego.
Alban argumentou que o Copom deveria ter iniciado o ciclo de corte de juros nesta reunião e alertado sobre os riscos de agravar a desaceleração econômica. “Se isso não acontecer, a pintura tende a piorar”, disse ele.
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros reais do mundo
A CNI ressalta que, com juros reais atualmente em 10,1% ao ano – 5,1 pontos percentuais acima da taxa neutra estimada pelo próprio banco central – o Brasil ocupa a segunda posição no ranking global de taxas de juros reais, atrás apenas da Turquia. De acordo com a regra de Taylor, o equilíbrio Selic, com base na inflação atual, deve ser de 10,59% ao ano. Isso indica um atraso de 4,41 pontos percentuais em comparação com os necessários para conter a inflação sem comprometer o crescimento.
Investimentos mais caros de freio de crédito e consumo
A alta taxa de juros vem enfrentando crédito, afetando negativamente o investimento das empresas e o consumo de famílias. Entre setembro de 2024 e junho de 2025, a taxa média de empresas em recursos gratuitos passou de 20,6% para 24,3% ao ano. Para os consumidores, a média aumentou de 52,3% para 58,3% ao ano.
A conseqüência, de acordo com a CNI, são os projetos inviáveis da modernização da estrutura produtiva e a limitação do capital de giro. No varejo, o custo de crédito é especialmente difícil de comprar bens duráveis, dependentes do financiamento.
Remoção da indústria e varejo no 2º trimestre
Indicadores recentes confirmam a perda de ritmo da economia. A produção industrial caiu 1,2% entre abril e maio, em comparação com o final do primeiro trimestre, de acordo com o IBGE. As vendas no varejo caíram 1,6% no mesmo intervalo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que antecipa o desempenho do PIB, recuou 0,74% em maio.
A inflação dá sinais de desaceleração
Apesar do cenário desafiador, os dados do IPCA indicam um movimento contínuo de desaceleração. A inflação mensal caiu de 1,31% em fevereiro para 0,24% em junho. Os preços dos alimentos, por exemplo, recuaram 0,43% em junho, após um aumento tímido de 0,02% em maio. A apreciação do real no dólar – 11,9% no primeiro tempo – também ajudou a conter os preços dos bens industriais, cuja inflação acumulada caiu de 4,09% para 3,72%.
Além disso, as expectativas para a inflação de 2025 revisam por nove semanas consecutivas, atingindo 5,1%, de acordo com o relatório do foco.
Para a CNI, os sinais são claros: a inflação está caindo e a atividade econômica, na desaceleração. Portanto, o momento requer mudança na conduta da política monetária, com início imediato para reduzir o interesse.
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