O Câmara dos Deputados impôs um derrota importante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (8), no aprovar a retirada da ordem do dia da medida provisória que previu aumentar impostos sobre fintechs e receitas de aplicações financeirasmantendo apostas desportivas (apostas) fora do alcance da tributação imediata. A proposta foi considerada essencial para reforçar a arrecadação de receitas em cerca de R$ 17 bilhões em 2026.
A base do governo não chegou a um acordo aprovar o texto, publicado em 11 de junho e válido até esta quarta-feira (8). Com a decisão, o deputado expira automaticamente nesta quinta-feira (9)pois não foi apreciado pelo seu mérito nem votado no Senado.
O que aconteceu
O governo levou a proposta a votação mesmo admitindo a derrotacom o objetivo de marcar a “impressão digital” de parlamentares adversários sob medida. O maioria dos deputadosliderada por partidos do Centrão, aprovou o pedido de retirada da MP da pauta de votação. A pontuação foi 251 a 193 votos.
A proposta necessária 257 votos ser aprovado ou rejeitado por maioria simples. As festas União Brasil, PP, PL e Republicanos já tinham anunciado o seu voto contra, alegando que não apoiaria aumentos de impostos. Juntos, os quatro somam 242 votos no plenário. O PSD também votou contra, embora dividido internamente.
Com a retirada da pauta, o MP perde validade antes de chegar ao voto de mérito e não será considerado no Senado.
Contexto e resistência
O texto foi apresentado em julho como alternativa ao decreto presidencial que havia elevado o IOF em diversas transações — decreto que gerou forte reação política e acabou revogado. A nova versão procurou suavizar o impacto políticoajustando as taxas de imposto e criando regras mais brandas para parte do setor financeiro.
Mesmo assim, o gesto não foi suficiente para convencer o Congresso. O aumento dos impostos enfrentou resistência generalizadae os críticos da política fiscal argumentaram que o governo devem procurar equilibrar as contas públicas cortando gastose não aumentando as taxas de imposto.
Derrota para Haddad e Lula
A derrota é vista como um revés político e fiscal ao Ministro das Finanças, Fernando Haddade para o presidente Lulaqual mobilizados ao longo do dia para tentar salvar a medição.
Durante evento no Palácio do Planalto, Lula lamentou o ambiente político e criticou a tentativa de associar o voto às disputas eleitorais:
“Quando você manda uma medida provisória para o Congresso, o desejo é que ela seja aprovada. Se não for aprovada, vamos ver o que vamos fazer.
Mais cedo, Haddad afirmou que buscou um acordo com o Congresso e que as divergências estavam sendo superadas:
“Após os esclarecimentos feitos, parece que o calendário seguirá agora o seu caminho, obviamente com a aprovação do governo. Estamos fazendo todos os esforços para que o Congresso ofereça ao país condições de fechar um orçamento adequado, que respeite os programas já aprovados.”
Apesar da mobilização, o governo não conseguiu garantir votos suficientesmesmo depois demitir três ministros reforçar a articulação política no plenário.
Próximas etapas
Sem a medida, o governo perde uma das principais fontes de reforço de caixa para 2026. A equipa económica deve agora revisar projeções de receita e procure alternativas para compensar a perda de receitas.
Nos bastidores, aliados admitem que o episódio revelou a tensão entre o Planalto e o Congressoespecialmente em questões fiscais e tributárias – e levantou um alerta na capacidade do governo de manter a coesão dentro da base parlamentar em votações decisivas.
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