Com atuação no Rio de Janeiro, o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA) mapeou transações financeiras no valor de R$ 51 bilhões vinculadas a um grupo criminoso, informou o delegado Felipe Curi, responsável pela ação. Segundo ele, o grupo deve ser tratado como narcoterrorista, exigindo resposta rápida e legislação atualizada.
Curi detalhou que, em cerca de um ano de investigação, a Polícia Federal e a equipe do CIFRA analisaram relatórios de inteligência financeira e identificaram o volume de recursos que circulam pelo grupo. “O CIFRA e a Polícia Federal mapearam todas as movimentações financeiras por meio do COAF e emitiram relatórios de inteligência financeira. Em cerca de um ano de análise, detectamos R$ 51 bilhões em movimentações do Comando Vermelho”, afirmou.
Perfil dos presos
A Polícia Civil divulga a lista parcial de suspeitos mortos durante a operação contra o Comando Vermelho. Em entrevista coletiva, ele divulgou a lista dos mortos. Destes, 78 tinham antecedentes criminais e 40 eram de outros estados, incluindo:
- Pará: 13 suspeitos
- Amazonas: 7 suspeitos
- Bahia: 6 suspeitos
- Ceará: 4 suspeitos
- Paraíba: 1 suspeito
- Goiás: 4 suspeitos
- Mato Grosso: 1 suspeito
- Espírito Santo: 3 suspeitos
Entre os principais nomes estão PP (chefe do tráfico de drogas no Pará), Gringo (Manaus), Mazolas (Feira de Santana), DG (Bahia), Fernando Henrique dos Santos, Rodinhas e Russo (Espírito Santo). Não houve prisões de pessoas da região Sul.
Felipe Curi destacou que a complexidade das operações exige mobilização nacional e legislação atualizada para permitir que as forças de segurança respondam rapidamente. “O grupo deve ser tratado como narcoterrorista, exigindo mobilização nacional e legislação atualizada para que as forças de segurança possam responder de forma rápida e eficaz”, reforçou.
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Entre os alvos da operação estava “Doca”, descrita pelo delegado como a personificação do crime organizado. Com 260 antecedentes criminais e mais de 100 mandados de prisão, dos quais 15 a 20 só neste ano, Doca liderou ações violentas em Belford Roxo, incluindo execução de inimigos e imposição da lei do silêncio.
“A questão da prisão do Doca é só questão de tempo. A hora dele vai chegar, assim como aconteceu com vários outros”, disse Curi. Ele destacou que a polícia continuará atuando na medida do possível, aliando apreensão de armas, operações sistemáticas e inteligência financeira, sempre respeitando os limites legais e priorizando a segurança dos moradores e dos policiais.
A operação destaca a coordenação de criminosos em diferentes estados e a capacidade de transações financeiras em grande escala, reforçando a importância da integração entre inteligência financeira e órgãos de segurança pública.
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