Depois do mega operação policial que deixou 64 mortos nos complexos de Alemão e Penhano Rio de Janeiro, o Casa Civil da Presidência da República solicitou um reunião de emergência com o governo do Rio de Janeiro para discutir a crise de segurança e os desenvolvimentos do caso.
A reunião foi determinada pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin e deve ser realizado nesta quarta-feira (29)com a presença de ministros Rui Costa (Casa Civil) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública). A reunião busca restabelecer a cooperação institucional e discutir medidas conjuntas para conter a propagação de crime organizado no estado.
A ligação ocorreu horas depois do governador Cláudio Castro (PL) declarar publicamente que governo federal teria sido contatado três vezes para ajudar nas operações anti-tráfico. O discurso foi contestado por Brasília. Em nota, o Casa Civil afirmou que “não houve consulta ou solicitação de apoio do governo do estado para a realização da operação” e isso forças federais não foram comunicadas antecipadamente sobre a ação.
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Reação do Planalto
Segundo o governo federal, o ministro Rui Costa conversou com Castro por telefone, fazendo o vagas em prisões federais para transferência de prisioneiros altamente perigosos. O Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) confirmou o pedido de dez novas vagasmas destacou que o ofício não tem relação com a operação desta terça e ainda depende de autorização judicial.
O SENAPPEN lembrou ainda que o Rio é o segundo estado com mais presos sob custódia federaladicionando 59 presidiáriose isso 12 novas transferências só foram realizados em 2025.
Defesa nega pedido operacional
Em nota, o Ministério da Defesa esclareceu que o único pedido formal de apoio feito pelo governo do Rio ocorreu em janeiro de 2025quando solicitado Assistência logística da Marinha com o uso de veículos blindados (CLAnf). O pedido, segundo a pasta, estava relacionado ao Episódio de dezembro de 2024quando um Oficial da Marinha morreu após ser atingido por bala perdida nó Hospital Naval Marcílio Dias.
O Procurador-Geral da União (AGU) analisou o caso e concluiu que o apoio só poderia ser autorizado no contexto de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – instrumento que não foi solicitado pelo governo do estado.
“O pedido do governo do Rio foi analisado pela AGU e ficou restrito a um contexto específico de segurança militar. Qualquer apoio mais amplo dependeria de decreto presidencial”, informou o ministério.
Crise e tensão política
A operação desta terça —considerada o mais mortal da história do Rio de Janeiro – mobilizado 2.500 agentes civis e militarescausou o fechamento de 48 escolasinterrupções em transporte público e bloqueios em estradas importantescomo o Avenida Brasil.
Diante da repercussão, o Planalto tenta reduzir o clima de confronto político e reafirma que segurança pública é responsabilidade do Estadoembora mantenha oferecendo apoio logístico e penitenciário.
A expectativa é que a reunião desta quarta sirva para retomar o diálogo e definir protocolos de cooperação entre o governo federal e o Estado do Rio em ações futuras contra o crime organizado.
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