A pesquisa Fipezap de raios-X do 2º trimestre de 2025 revelou um determinado desconforto: apenas 33% Os entrevistados pretendem comprar imóveis nos próximos três meses, o menor nível desde 2019. O diagnóstico, é claro: a demanda recuou, mas não por falta de desejo, mas por falta de condições. O mercado está bloqueado entre preços altos, crédito caro e custos crescentes.
Novo X usado: a grande migração
A fotografia histórica é eloquente. Em 2015, as novas propriedades representadas 51% de compras; em 2025, apenas 29%. Os usados vieram dominar (71%), consolidando uma mudança estrutural no perfil de demanda. Essa migração não está na moda, mas a resposta racional a um ambiente em que a nova propriedade traz duas âncoras: alto custo de produção e financiamento proibitivo.
Gráfico 1 – novo X usado
Novo e usado: Comunicação de embarcações
O mercado novo e usado atua como dois navios de comunicação. Quando novas propriedades reduzem seu ritmo de apreciação e aumentam a oferta, parte da demanda migra de volta para elas, ajudando a conter preços e aliviar a pressão sobre os usados. Mas quando os novos o tornam mais caro – pressionado pela INCC ou pelo crédito caro – a demanda se move para os usados, cuja apreciação acelera por reflexão, embora em menos ritmo. Por fim, o aumento do preço do novo também tem o uso usado, mantendo toda a corrente sob pressão.
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Preço sempre caro
A percepção de preços permanece cristalizada: 78% Dos entrevistados classificam o setor imobiliário como “alto ou muito alto”, em comparação com apenas 15% que os consideram razoáveis. O sentimento de “caro” nunca desapareceu, mesmo em tempos de crédito mais baratos. O mercado brasileiro viveu há uma década, com um círculo vicioso: custa subir mais rápido que a renda, e o preço do saldo nunca é percebido como justo.
Gráfico 2 – Percepção de preços – Compra de compra em 3 meses

Selico: o freio de crédito
Desde setembro de 2024, o banco central voltou ao Selic novamente. Cada ponto percentual alto reverbera brutalmente em financiamento imobiliário, fornecendo partes de 20 ou 30 anos. O resultado é imediato: as famílias reduzem o bilhete médio ou simplesmente desistem da compra. Não é de admirar que a intenção de compra afundasse em 2025.
Incc: o peso da oferta
Se Selic fechar a porta da demanda, o Incc-m Aperte no lado da oferta. Em julho de 2025, o índice acumulado 7,43% em 12 mesesquase o dobro do registrado em julho de 2024 (4,42%). A nova propriedade se torna mais cara de construir e, inevitavelmente, mais cara de vender. É a tesoura perfeita: caro de produzir, caro para financiar.
O refúgio de aluguel
Dado esse impasse, o aluguel se torna a válvula de escape. As famílias que não podem comprar – porque o usado o viu ou porque o novo se tornou inacessível – elas optam por permanecer no aluguel. O mercado imobiliário, que deve girar em torno da aquisição, é represado, com uma demanda latente que não pode se concretizar na compra.
A equação sem solução fácil
O fipezap de raios X mostra mais do que números: revela a armadilha estrutural na qual o setor está. Querida percepção não é apenas psicológica; Reflete custos crescentes de produção e sufocação de juros sobre financiamento. Enquanto essa tesoura não parar, o mercado permanecerá trancado, com as famílias adiando sonhos e investidores migrando para nichos de renda.
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