O Ministro do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silvavê como “um tiro no pé” do agronegócio que o projeto de lei que estabelece novas regras de licenciamento ambiental.
O texto, aprovado ao amanhecer na quinta -feira (17) no plenário da Câmara dos Deputados, prevê a criação de novos tipos de licenças, diminui os prazos de análise e simplifica as aderências.
“Se você perder o licenciamento, nos impedirá de reduzir o desmatamento, aumentará os incêndios, aumentará a emissão de CO2, afetará toda parte do sistema hidrológico de nosso país com enormes perdas, especialmente para o agronegócio brasileiro”, disse o ministro na noite de quarta -feira (16), pouco antes da aprovação do projeto.
“É um tiro real no pé desse tipo de afrouxamento dos cuidados ambientais em um país altamente sensível como o Brasil, que depende do equilíbrio climático para ser um poder agrícola. Somos apenas um poder agrícola porque somos um poder ambiental”, acrescentou.
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Marina Silva participou da cerimônia da celebração do 25º aniversário do sistema nacional de unidades de conservação da natureza (SNUC). A cerimônia foi realizada no Parque Nacional Tijuca, no Rio de Janeiro. No evento, ela apontou danos ao desenvolvimento econômico e acordos comerciais do país, como os da União Europeia com Mercosur.
“Sem respeitar a legislação ambiental, encerraremos os mercados que já conseguimos abrir. O que pesou para abrir mais de 300 mercados nesses dois anos, foi exatamente um governo que protege o meio ambiente, o que dá às pessoas que elas não estão fazendo negócios com aqueles que estão invadindo a terra dos povos indígenas, com quem está destruindo a floresta, é contaminar os rios”.
Novas licenças
O substituto do projeto de lei 2159/21 traz, entre as 29 emendas aprovadas, a criação da licença ambiental especial (LAE) para as empresas consideradas estratégicas por um conselho do governo ligado à presidência da República. É aí que é “degradação ambiental significativa”.
No caso de licenciamento ambiental simplificado por adesão e comprometimento (LAC), a solicitação pode ocorrer sem a necessidade de estudos de impacto. A entidade federativa definirá o potencial de poluição das atividades das empresas.
“A proteção é garantida por um bom licenciamento, o que faz com que os processos possam obter agilidade, qualidade e certeza legal. Se cada estado e cada município determinarem o que é o risco ambiental de maneira diferente em sua unidade de federação, isso criará um processo de questionamento legal, judicização generalizada”, disse Marina.
“As leis da natureza não mudarão porque algo é uma prioridade de um governo. O rio pode entrar em colapso da mesma maneira, sendo uma prioridade ou não. Portanto, nas barragens hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, mesmo que as prioridades não mudem para evitar as necessidades.
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