O Presidente da Confederação Nacional de Associações Comerciais e Negócios do Brasil (CACB), Alfredo Cotait Neto, disse que o impacto da nova tarifa dos EUA nos produtos brasileiros pode comprometer a sobrevivência de milhares de empresas. Segundo ele, o aumento de até 50% nas taxas de importação pode gerar desemprego e pressionar a economia nacional.
“Se a tarifa for permanente, essas empresas não existirão mais, elas não serão capazes de encontrar rapidamente outros contratos”, disse Cotait em entrevista à Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
A Cotait apontou que mais de 2.500 pequenas empresas e pequenas empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos, movendo cerca de US $ 500 milhões por ano. Para ele, essas empresas não têm estrutura para redirecionar rapidamente sua produção para outros mercados. O presidente da CACB também lembrou que as pequenas empresas representam mais de 65% da empregabilidade no Brasil.
Pressão sobre a economia
O líder argumentou que uma possível redução no volume exportado pode aumentar o déficit de equilíbrio comercial brasileiro, agora excedente. “Isso pode causar um aumento em nossa dívida e afetar diretamente as taxas de juros”, afirmou.
Hoje, a taxa de juros básica no país é de 15%, o que já representa uma dificuldade operacional para as empresas, especialmente nos setores de comércio e serviços. Segundo Cotait, o cenário pode ficar ainda pior com a eficácia da tarifa americana, programada para 1º de agosto.
A CACB argumenta que o Brasil solicita um adiamento de 60 dias na aplicação da medida, com o objetivo de abrir espaço para negociações. “Primeiro, precisamos dialogar e pedir um adiamento dessa taxa”, disse ele.
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Diplomacia e diálogo comercial
Cotait criticou a lentidão do governo brasileiro para desencadear canais diplomáticos para enfrentar a situação. Para ele, a negociação precisa ocorrer através de Itamaraty, impedindo que o sujeito seja conduzido por razões políticas. “Itamaraty é muito lento. O governo é um pouco apático, esquecendo essas relações antigas e históricas que o Brasil tem com os Estados Unidos”, disse ele.
Ele também se posicionou contra uma possível retaliação brasileira, argumentando que isso aumentaria custos no mercado doméstico e poderia pressionar ainda mais a inflação. “Se o Brasil responder com reciprocidade, é o maior erro que o governo pode cometer”, disse ele.
Suporte para empresas
A CACB reúne 2.300 associações comerciais representando cerca de 2 milhões de empresas no Brasil. Cotait disse que recebeu demonstrações constantes de preocupação de empreendedores, especialmente de pequenas e médias empresas. Ele recomendou que os empreendedores busquem apoio local. “Procure sua associação comercial e veja como isso pode ajudá -lo a minimizar esses problemas.”
A entidade continua em articulação com o setor produtivo e os representantes do governo para buscar alternativas que possam reduzir os impactos das tarifas, mas considera a construção de um canal de diálogo comercial com os EUA antes do início da medição.
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