A Federação de Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) alertou na quarta -feira (16) que a taxa de 50% anunciada pelo governo dos Estados Unidos para produtos importados do Brasil já está começando a causar danos mesmo antes de entrar em vigor. De acordo com o presidente interino da entidade, Flávio Rassi, a insegurança gerada pela medida levou à retração de 15% no fluxo comercial com os EUA e o cancelamento de remessas. Ele avalia que o impacto pode ser ainda maior se não houver ação diplomática eficaz e coordenada do governo brasileiro.
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“Os impactos já são terríveis. A insegurança às vezes é pior que a própria medida. Goiás já sente os efeitos nos setores exportadores. Cancelamentos e interrupções de produção estão acontecendo porque não se sabe o que acontecerá em agosto”, disse Rassi em entrevista.
O líder argumentou que o Brasil age de maneira pragmática e técnica, deixando de lado disputas ideológicas. Para ele, o diálogo deve ser conduzido por canais diplomáticos oficiais, como Itamaraty e vice -presidente Geraldo Alckmin, que liderou negociações com os Estados Unidos. “Precisamos negociar. Deixando de lado a questão ideológica e entender que os Estados Unidos são clientes importantes. Você não pode discutir isso na rede social”, disse ele.
Cair nas exportações e risco de empregos
De acordo com a nota técnica da FIEG, o comércio bilateral com os Estados Unidos encolheu 15% nas últimas semanas. Rassi apontou que os empreendedores ainda estão tentando manter as operações acreditando em uma reversão, mas que a instabilidade interrompe as decisões de logística e operacional, como encontrar novos mercados, adaptar as embalagens e redesenhar cadeias de produção.
“Essa tarifa não tem lógica ou comercial ou comercial.
A FIEG estima que cerca de 110.000 empregos qualificados estarão em risco no Brasil, com um forte impacto no setor industrial. “É aqui que mais dói. Perderemos a geração, renda e receita de valor. A tarifa pode paralisar a produção industrial e tornar o Brasil de volta à agregação de valor”, disse ele.
Solicitação por extensão e resposta coordenada
O setor argumenta que o governo busca uma extensão de 90 dias dentro do tempo para entrar na tarifa, atualmente agendada para 1º de agosto. Para Rassi, esse intervalo seria importante para as equipes técnicas no Brasil e nos EUA analisar os impactos, propor alternativas e construir possíveis acordos bilaterais para setores estratégicos.
“A extensão de 90 dias seria fundamental para um acordo mais racional. Precisamos de tempo para demonstrar os efeitos negativos da tarifa dos EUA. Não é apenas o Brasil que perde: as empresas americanas também são afetadas”, disse ele.
O presidente interino de Fieg elogiou o desempenho de Itamaraty e Alckmin, mas alertou sobre os riscos de politização do tema. “Não podemos permitir que essa questão se torne um espetáculo político. Trata -se da vida de milhões de pessoas. O Brasil precisa ter um projeto estadual, não o governo. Internamente, podemos diferir, mas temos que agir juntos”, acrescentou.
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