O desdobramento mais recente da guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, foi sua conversa telefônica com o líder chinês, o presidente Xi Jinping. Trump, após a conversa que publicou em suas redes sociais de que os acordos foram feitos com a China e que logo os dois países se reuniriam novamente.
No entanto, o mundo só pode acreditar nas declarações de Trump e na conformidade com o acordo de ambas as partes, quando isso realmente acontece, diz o especialista.
Em uma entrevista com Times Brasil – Licenciado exclusivo da CNBCNesta sexta -feira (6), o parceiro da Nogami Economics & Strategies e professor de economia no Insper, Otto Nogami explicou as repercussões dessa conversa e o que esperar a seguir.
Nogami apontou que os principais pontos de atenção a partir de agora estarão relacionados aos efeitos das tarifas na economia dos EUA, pois o Banco Central dos EUA provavelmente aumentará a taxa de juros do país devido à falta de controle na economia do país. Além disso, ele afirmou que, enquanto as bases tarifárias não forem definidas, a tendência é que as cadeias de produção serão prejudicadas e a produção e o custo final para o consumidor continuem aumentando.
O especialista também criticou a atitude de Trump, afirmando que os próprios Estados Unidos que foram mais afetados por essa guerra comercial. “Trump lida com as coisas como se fosse o presidente de uma empresa, não estava ciente da responsabilidade e do papel do líder de um país”.
Nogami também explicou que a tarifa afeta a importação de componentes importantes para a indústria e os consumidores nos Estados Unidos, gerando o efeito inflacionário. Além disso, ele apontou que a solução de Trump de uma rendustrialização dos EUA, trazendo a produção de vários setores para o país, não funciona no curto prazo, pois depende dos investimentos e vontade da comunidade empresarial global.
“Sem dúvida, Trump sente a necessidade de procurar urgentemente um acordo, precisamente para aliviar os eventuais problemas que surgirão na economia americana”, acrescentou.
Além disso, as recentes políticas de imigração de Trump, bloqueando estudantes estrangeiros e proibição de entrada de cidadãos de doze países, podem minar a visão dos EUA para o mundo e os investidores.
Posição da China
A professora Otto Nogami também comentou a posição da China no cenário atual e explicou que ela é melhor que os Estados Unidos nesta guerra comercial.
“A China tem trabalhado, tentando criar um certo bloco alternativo para um confronto com os Estados Unidos ou até a Europa”. Segundo ele, esse movimento do país de geração de influência e parcerias com países vizinhos no sudeste da Ásia e países emergentes, como o Brasil e a Índia, preocupa os Estados Unidos, que podem perder força nessa região.
Além disso, a situação atual do governo dos EUA pode gerar uma quebra na confiança do governo e, consequentemente, no dólar. A moeda americana, que circula em todo o mundo, é amplamente baseada na confiança de investidores e países e, se os conflitos continuarem, poderá ocorrer um colapso futuro.
Nesse caso, o professor explica que o Yuan chinês pode se beneficiar e se tornar um protagonista no mercado mundial.
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