A decisão entre trabalhar como CLT (consolidação das leis trabalhistas) ou como PJ (entidade legal) no Brasil envolve mais do que uma comparação salarial. Segundo Antonio Sanches, analista de pesquisa do RICOA mudança requer atenção a vários fatores, como os benefícios garantidos por lei, carga tributária e planejamento financeiro de longo prazo.
“Ambos os modelos têm vantagens e desafios. O CLT oferece uma estrutura de proteção mais ampla, enquanto o modelo PJ pode fornecer uma remuneração líquida mais alta, mas com mais responsabilidades no gerenciamento financeiro”, diz Sanches.
Os benefícios do CLT
A principal diferença, de acordo com o analista, está nos benefícios que o trabalhador com um contrato formal recebe e que não é automaticamente garantido ao PJ. Entre eles, eles se destacam:
- Férias pagas: O trabalhador da CLT recebe 33% adicionais em relação ao salário mensal durante o período de descanso.
- 13º salário: Um pagamento extra no final do ano, que geralmente é um reforço importante no orçamento.
- FGTS (Fundo de Garantia de Time de Serviço): 8% de depósito mensal sobre salário, que atua como uma economia obrigatória.
Na ponta do lápis
Sanches calculados para mostrar o impacto desses benefícios, Considerando um salário bruto de R $ 2.000,00:
- Férias: R $ 2.000 x 33% = R $ 660,00 (33% do salário)
- 13º salário: r $ 2.000,00
- FGTS: 12 x R $ 2.000 x 8% = R $ 1.920,00 (8% do salário em 12 meses)
Adicionando salário e benefícios, a renda anual de um CLT seria de R $ 28.580,00, o que equivale a uma média mensal de R $ 2.381,67.
Para um profissional de PJ alcançar essa equivalência financeira, Seria necessário receber cerca de 19% a mais do que o salário bruto de um CLT, apenas para compensar férias, 13º e FGTs.
“Esse cálculo, no entanto, não leva em consideração benefícios adicionais, como cupons de refeições, assistência médica ou pensão privada, o que pode expandir ainda mais a vantagem financeira do regime CLT”, diz o analista da RICO.
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Tributação
A carga tributária também varia muito entre os regimes. Para uma renda mais baixa, o modelo MEI (microentrepreendedor individual) pode ser mais vantajoso, pois possui uma taxa fixa de cerca de R $ 72 por mês, válida para uma receita anual de R $ 81 mil.
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Aqueles que escolhem o Simples Nacional ou precisam atuar como micro -company (ME) podem enfrentar uma carga significativamente maior, dependendo da faixa de receita e da indústria.
Por outro lado, quanto maior a faixa salarial, maior o imposto retirado na fonte do salário do CLT.
Veja a tabela abaixo:
Quando realizamos o mesmo cálculo, considerando a remuneração média do brasileiro, de acordo com o PNAD de fevereiro de 2025, vemos que um CLT que recebe US $ 3.378,00 (com os benefícios mencionados acima) precisaria receber cerca de 15% a mais como MEI para equivaler financeiramente.
Mais liberdade = mais planejamento
Embora a remuneração líquida no regime de PJ possa ser maior, Sanches alerta sobre a necessidade de um planejamento rigoroso: “O PJ precisa garantir, por si só, sua reserva de férias, 13º salário e possíveis emergências. Sem essa organização, o que parece uma vantagem de se tornar um problema”.
A liberdade financeira, disse ele, não é apenas na renda mensal, mas na capacidade de gerenciar esse dinheiro com eficiência, fornecendo a ausência de direitos garantidos pelo regime CLT.
“Uma maneira inteligente de construir uma base sólida é investir consciente e disciplinada: diversificar seus investimentos, reservando parte da renda para eventos imprevistos e até planejando suas férias e 13º salário por conta própria”, conclui.
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