A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18), por 427 votos a 1, o projeto que obriga o Departamento de Justiça a divulgar todos os documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein. A votação ocorreu dois dias depois de o presidente Donald Trump abandonar a sua resistência ao texto bipartidário.
A proposta foi apresentada por Thomas Massie, republicano do Kentucky, e Ro Khanna, democrata da Califórnia. O único voto dissidente veio do republicano Clay Higgins da Louisiana, que disse no LinkedIn ser um “NÃO confirmado”, argumentando que a divulgação generalizada de arquivos criminais poderia expor pessoas inocentes.
O avanço do projeto de lei marca uma reviravolta após semanas de resistência de um grupo maior de republicanos alinhados com Trump. A Casa Branca classificou o apoio à medida como um “ato hostil”. O processo ficou paralisado durante a paralisação do governo, que interrompeu os trabalhos legislativos durante quase oito semanas. O atraso na posse da democrata Adelita Grijalva impediu a conclusão da petição que obrigaria à votação. Com o fim da greve, Grijalva assinou o despacho e a pressão para análise do texto aumentou.
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Diante do cenário, o presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou que levaria o projeto a votação ainda esta semana. Declarou apoio à proposta, embora tenha criticado os democratas por promoverem, segundo ele, um “voto político simbólico”. Johnson também manifestou preocupação com a proteção das vítimas, argumento que Massie rebateu afirmando tratar-se de uma “cortina de fumaça”, reforçando que o texto determina a ocultação de nomes e informações que possam identificá-los.
Na manhã desta terça-feira, sobreviventes dos abusos de Epstein participaram numa conferência de imprensa em frente ao Capitólio ao lado de Massie, Khanna e da republicana Marjorie Taylor Greene. Ela relatou que Trump a chamou de traidora por manter seu nome na petição que desbloqueou o projeto. Greene afirmou que a votação na Câmara seria “provavelmente unânime”, mas destacou que a disputa política deve continuar após a aprovação.
Trump, que no passado tinha prometido apoiar a divulgação de ficheiros relacionados com a investigação de Epstein – que morreu na prisão em 2019 enquanto enfrentava acusações de tráfico sexual – mudou de posição em julho. O seu Departamento de Justiça afirmou num memorando que uma revisão interna concluiu que não havia necessidade de novos documentos públicos. A mudança gerou críticas, inclusive entre apoiadores do ex-presidente.
A pressão intensificou-se na semana passada, quando o Comité de Supervisão da Câmara divulgou milhares de documentos do espólio de Epstein, incluindo e-mails sugerindo trocas envolvendo Trump.
Na noite de domingo (16), Trump voltou atrás e pediu aos republicanos que votassem a favor do projeto. Na última segunda-feira (17), ele afirmou que sancionará a medida caso ela seja aprovada pelo Congresso.
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