O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, pediu ao ministro da Previdência, Wolney Queiroz Maciel, a destituição da diretora de Tecnologia da Informação e eventual substituta da presidência, Léa Bressy Amorim. O pedido consta de ofício enviado na última sexta-feira (14) e obtido pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC.
O pedido ocorre após a prisão preventiva do ex-presidente do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto, detido pela Polícia Federal na última quinta-feira (13) no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos ilegais em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. Estimativas apontam prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos segurados.
No documento, Waller afirma que Léa Bressy tem “notória proximidade pessoal” com Stefanutto – com quem é casada – e que sua permanência na diretoria pode comprometer a imagem institucional do INSS em meio às investigações.
Segundo reportagem de fonte do INSS que conversou com o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC em caráter privado, a crise se intensificou durante os dez dias em que Waller esteve em Washington acompanhando a esposa em um evento.
Nesse período, Léa Bressy assumiu interinamente a presidência e buscou recursos emergenciais para manter o funcionamento do órgão, com R$ 217 milhões em complementos da Casa Civil e R$ 7 milhões do Ministério da Previdência Social, para pagamento de abonos de mora aos funcionários.
A atuação do diretor ocorreu em meio a um clima de forte esgotamento. Servidores relataram à reportagem um ambiente de “perseguição” atribuído a Waller, especialmente contra funcionários considerados próximos do ministro Wolney Queiroz. As tensões, segundo a fonte, evidenciam uma luta interna pelo poder agravada pelo fato de Waller ser superior direto de Léa, hoje alvo do pedido de afastamento.
Investigações expõem fragilidades
A Operação Sem Desconto identificou que, ao longo de cinco anos, benefícios para aposentados e pensionistas foram reduzidos ilegalmente para apoiar associações e empresas fictícias. Stefanutto, que chefiou o INSS até abril deste ano, é tratado pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal como peça-chave da organização criminosa.
A proximidade conjugal entre Stefanutto e Léa Bressy, somada ao papel estratégico da diretoria de informática nos sistemas sensíveis do INSS, levou Waller a argumentar que a separação seria necessária para preservar o interesse público e garantir plena colaboração com as investigações.
O episódio aprofunda um momento crítico no INSS, que já enfrenta uma investigação nacional sobre fraudes estruturadas em benefícios, conflitos internos entre diretores e áreas técnicas, disputas políticas envolvendo aliados de Alessandro Stefanutto e do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, além de pressões crescentes para garantir a continuidade de serviços essenciais da Previdência Social.
Segundo fonte interna ouvida por Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBCa crise atual é “sem precedentes recentes” e o clima no concelho é de “insegurança e desconfiança generalizadas”.
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