A Apple conquistou uma vitória importante na segunda -feira, depois que o governo dos EUA anunciou que o Reino Unido havia concordado em desistir do requisito de fornecer uma “porta dos fundos” que permitisse às autoridades acessar dados criptografados dos usuários.
O fabricante do iPhone não será o único a comemorar o resultado.
O resultado ocorreu após extensas negociações entre o Reino Unido e os EUA, que levantaram preocupações de segurança nacional sobre o pedido.
Na raiz da controvérsia estava a criptografia final, uma tecnologia que protege as comunicações entre dois dispositivos, para que nem a empresa que forneça o serviço de mensagens possa acessar conversas.
Como chegamos a esse ponto?
A história da Batalha da Apple pela privacidade no Reino Unido começou no início deste ano, quando foi anunciado que o governo britânico exigia acesso ao serviço em nuvem criptografado da empresa através de uma “porta dos fundos” técnica. Esta “porta dos fundos” é contestada pela Apple há muito tempo.
Em 2016, o Federal Bureau of Investigation (FBI) tentou fazer com que a Apple crie software que desbloquearia um iPhone recuperado de um dos atiradores envolvidos no ataque terrorista de 2015 em San Bernardino, Califórnia.
Outras empresas também tiveram que se defender das tentativas do governo de prejudicar a criptografia final.
Por exemplo, quando a meta anunciou planos de criptografar todas as mensagens no aplicativo do Facebook Messenger, a ação recebeu críticas do escritório em casa do Reino Unido. O objetivo já ofereceu criptografia no WhatsApp.
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Debate global sobre criptografia
As notícias de segunda-feira podem ter implicações mais amplas para o debate sobre a criptografia de ponta a ponta em todo o mundo.
Os governos e as agências policiais há muito aconselham métodos a quebrar esses sistemas de criptografia para ajudar em investigações criminais sobre terrorismo e abuso sexual infantil.
No entanto, as empresas de tecnologia afirmam que a criação de um “pano de fundo” de criptografia não apenas comprometeria a privacidade dos usuários, mas também os expôs a possíveis ataques cibernéticos.
Especialistas em segurança cibernética dizem que qualquer “porta dos fundos” criada para um governo acabaria sendo descoberta e explorada por hackers.
Os funcionários de inteligência dos EUA também estavam preocupados com as consequências da Apple para oferecer uma “porta dos fundos”.
Para a Apple, a concessão do Reino Unido sobre criptografia pode significar que a empresa pode trazer de volta seu serviço mais seguro aos dados do usuário, Advanced Data Protection (ADP), que a empresa não ofereceu aos britânicos em fevereiro.
Ainda não está claro se a Apple reintroduzirá seu serviço ADP no mercado do Reino Unido.
O CNBC contatou a Apple e o governo do Reino Unido para comentar.
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Este conteúdo foi fornecido por CNBC International e a responsabilidade exclusiva pela tradução portuguesa é do Times Brasil.