Um passo de cada vez. E literalmente, o setor de calçados brasileiros novamente encontra o curso do crescimento. Em 2024, a produção de 929,5 milhões de pares (4,3%de alta anual) havia excedido pela primeira vez o período de pré-libra.
Este ano, o crescimento percentual será mais modesto, entre 1,4% e 2,2%, de acordo com a projeção de Abicosdados, uma associação que representa a indústria. Isso representa entre 942,5 milhões e 949,9 milhões de pares.
Nos valores, atingiu R $ 37,3 bilhões no ano passado (+6,1% na comparação anual). Para 2025, a entidade também apresenta dois cenários. Nos mais conservadores, um aumento de 5,9% (para R $ 39,5 bilhões). No mais otimista, um aumento de 7,8% (R $ 40,2 bilhões).
O setor realizou até quarta -feira (21) a quarta edição do BFShow, em São Paulo, com 353 marcas de todo o país. As estimativas foram 10.000 lojistas e 1.200 importadores de 62 países. Brasil mais exportações que importam calçados.
Nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024, as exportações totalizaram 39 milhões de pares (+9,7%) e as importações foram de 16,5 milhões de pares (+28,3%). Na receita, a exportação totalizou US $ 349 milhões (+1,5%) e as importações, US $ 189 milhões (+23,4%).
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Argentina: principal destino das vendas brasileiras
A Argentina excedeu os Estados Unidos e foi o principal destino para vendas brasileiras: 4,65 milhões de pares (+54,1%) e US $ 77,8 milhões (+25,6%). Mas o fenômeno da tarifa de Donald Trump pode ter colaborado para mudar. Isso ocorre porque os importadores dos EUA teriam previsto compras no final do ano para escapar do que viria com a posse de Trump. “Houve uma bolha de crescimento da importação, acima da dinâmica do consumo doméstico”, disse Haroldo Ferreira.
“Muitos importadores anteciparam suas compras e remessas para evitar a sobretaxa esperada, garantindo custos mais baixos e aumentando o nível de inventário”. O setor registrou um superávit comercial de US $ 498,3 milhões em 2024 (-31,3% em relação ao ano anterior).
Abicosdados afirma que o movimento é o dobro. Tanto na queda das exportações – “relacionadas à conjuntura econômica internacional” – quanto pela “tendência crescente” das importações. Até 2024, por exemplo, as exportações caíram 16,4% (para US $ 976 milhões) e as importações cresceram 7,9% (US $ 477,7 milhões). Os principais países de origem são o Vietnã, China e Indonésia.
Abicicados discute com as medidas do governo, como cotas de importação, para conter o que o setor chama de “invasão de sapatos asiáticos”.
Nordeste
O que poderia se tornar um problema apenas para o consumidor, pois a produção é sustentada pelo mercado doméstico. Na divisão demográfica, a região nordeste concentra-se mais da metade da produção brasileira-51,9%em 2024. Após as regiões do Sul (24,7%), Sudeste (22,0%), Centro-Oeste (1,3%) e Norte (0,2%).
Entre os estados, a Ceará lidera com participação de 24,3%, seguida por Rio Grande do Sul (21,8%), de Minas Gerais (16,9%), paraíba (15,2%) e Bahia (5,9%). São Paulo concentra 4,6% da produção. O nível de emprego cresceu 1,5% até março, com um saldo de 9,1 mil empregos. Os dados são do Registro Geral de Funcionários e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Com isso, a indústria de calçados fechou o trimestre com 291.300 empregos diretos. Rio Grande do Sul é o principal empregador, com 82,6 mil vagas. Ceará tem 69,2 mil e Bahia, 42,4 mil. No estado de São Paulo, existem 32.800.
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