A Black Friday mobilizou mais uma vez os consumidores do Brasil e dos Estados Unidos, consolidando-se como um dos eventos mais relevantes do calendário do varejo físico e digital. Embora inspirada no modelo americano, a data ganhou características próprias no mercado brasileiro, incluindo expansão para novos setores e maior participação do e-commerce.
No Brasil, dados preliminares da Serasa Experian apontam um faturamento de R$ 1,16 bilhão em 1,3 milhão de pedidos até o momento. Nos Estados Unidos, os compradores gastaram US$ 12 bilhões online, um crescimento de 9% em relação a 2023, segundo o Adobe Analytics.
Em entrevista com Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBCA especialista em varejo, e-commerce e digital Rose Tonizzo afirma que o evento se consolidou no país nos últimos 15 anos, impulsionado pela expansão do e-commerce. O especialista observa que, inicialmente, houve desconfiança por parte dos consumidores, principalmente diante de práticas que ficaram conhecidas como “fraude negra”. Segundo ela, esse cenário mudou com a maturidade do mercado e a disseminação de ferramentas de monitoramento de preços.
“Ganhamos muita confiança neste evento agora”, disse ele. Para ela, o aumento da participação do e-commerce e a organização das ofertas ao longo de novembro contribuíram para esse avanço.
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Tonizzo lembra que o evento chegou ao Brasil sem ligação direta com o feriado de Ação de Graças, mas na prática assumiu função semelhante: antecipar compras e preparar o varejo para o ciclo natalino. O especialista reforça que os consumidores passaram a aproveitar o período como oportunidade de adquirir produtos para si e para presentear.
Expansão para novos setores e estratégia de fidelização
A análise de Tonizzo aponta que a Black Friday deixa de se concentrar em eletrônicos e passa a abranger diversos segmentos, como moda, beleza, saúde, serviços, alimentação e pequenos negócios.
Ela mencionou que “absolutamente tudo” passou a fazer parte da data, e que setores como salões de beleza, academias, escolas e restaurantes criaram promoções específicas para atrair novos clientes. Para o especialista, a data se tornou uma porta de entrada para estratégias de fidelização, pois permite apresentar serviços a consumidores que não frequentavam esses estabelecimentos.
Impacto nas vendas de Natal
Tonizzo afirma que a Black Friday não reduz as vendas de Natal. Segundo ela, a data ajuda a organizar o fluxo de compras e facilita a logística para consumidores e empresas. Ela destaca que muitos varejistas ampliam os prazos de troca e adaptação dos pedidos para atender o período festivo.
Para o especialista, o evento “não atrapalha em nada” na realização do Natal e também contribui para antecipar o planejamento, reduzindo a concentração de compras de última hora. Tonizzo lembra ainda que a maior parte das compras realizadas no período não é destinada exclusivamente para presentes, mas para consumo pessoal.
Perspectivas de varejo
Segundo análise de Tonizzo, o setor já trabalhava com expectativa de crescimento entre 8% e 15% em relação ao ano anterior, movimento apoiado no desempenho do e-commerce. Ela ressalta que os números divulgados até agora confirmam essa tendência.
Por fim, o especialista conclui que o Brasil incorporou a Black Friday ao seu calendário comercial e que a Cyber Monday, focada no e-commerce, também ganha visibilidade no país, seguindo o padrão observado nos Estados Unidos.
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