A escalada do conflito entre Israel e o Irã mais uma vez pressionou o mercado global de petróleo e ensaiou os medos sobre o suprimento mundial de energia. O aumento do preço do barril já reflete o cenário de tensão no Oriente Médio, com projeções de aumento da demanda e riscos geopolíticos na oferta.
“O fechamento do Estreito de Hormuz causaria um problema para todo o Oriente Médio e o próprio Irã, mas uma guerra nem sempre respeita os fatores lógicos”, disse Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista ao jornal Equipe realde Times Brasil – CNBC licenciado exclusivo.
Rodrigues explicou que 25% de todo o petróleo negociado no planeta passa pelo estreito de Hormuz. Segundo ele, um bloco ou ataques nos campos de petróleo podem reduzir a oferta global e causar aumento rápido no preço do barril. “Estes são cenários que analisamos minuto por minuto, mas hoje considero remoto”, disse ele.
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Petrobras e preço de combustível
O diretor da CBIE também avaliou a posição de Petrobras diante da volatilidade internacional. Segundo ele, a empresa está passando por um dilema entre se beneficiar do alto preço do petróleo como produtor e, ao mesmo tempo, enfrentando as consequências da política de controle de preços de combustível no mercado doméstico.
“Petrobras, nesta política de abrasar o preço, acaba suportando a diferença nos preços internacionais, prejudicando o dinheiro da empresa e o acionista”, disse ele.
Papel da OPEP e dependência global
Rodrigues apontou que a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) deve continuar a seguir a demanda e as consequências do conflito. Ele lembrou que o cartel atua para regular os preços e controlar a concorrência. “É muito difícil controlar o que cada membro fará, porque as punições são complicadas”, disse ele, referindo -se a recentes desacordos entre o Irã e a organização.
Questionado sobre a dependência energética global do Oriente Médio, o especialista disse que, apesar dos investimentos em transição de energia e energia renovável, o consumo de petróleo cresceu nos últimos 13 anos. “O mundo reduziu os investimentos em novos limites de exploração e continuou a consumir petróleo, o que reforçou o poder da OPEP e do Oriente Médio”, disse ele.
Para Rodrigues, a transição de energia precisa incluir a indústria de petróleo. Ele argumentou que o acordo de Paris prevê a compensação das emissões e não a eliminação do consumo de petróleo. “Atacar a demanda é impossível. O avanço da transição necessariamente passa, trazendo as empresas de petróleo para a mesa”, concluiu.
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