O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2,45 bilhões do programa de Regularização de Dívidas Rurais do BNDES durante o primeiro mês de operação. A iniciativa foi criada para apoiar agricultores que registou graves perdas de colheitas causadas por eventos climáticos extremos entre 2020 e 2025.
Segundo o banco, cerca de 8,3 mil operações já foram autorizados, alcançando 485 municípios distribuído em 16 estados. O ticket médio é de R$ 296 mil por operação.
Apoio aos agricultores concentrado no Pronaf e Pronamp
Desse total, R$ 1,5 bilhão (61%) beneficiou agricultores familiares e médios produtores incluídos no Pronaf e no Pronamp. O programa exige que os beneficiários estejam em cidades que declararam situação de emergência ou calamidade e que registaram queda superior a 20% em duas atividades agrícolas entre 2020 e 2024.
O presidente de BNDESAloizio Mercadante, reforçou que a medida atende orientação direta do Governo Federal. “Estamos a garantir apoio financeiro aos agricultores afetados por fenómenos meteorológicos extremos. É um setor que apoia a produção alimentar e que precisa de condições reais para retomar as suas atividades”, afirmou.
Como funciona o programa
O BNDES Regularização de Dívidas Rurais conta com orçamento de R$ 12 bilhões e permite a liquidação de operações de crédito rural para financiamento e investimento, além de Cédulas de Produto Rural (CPR) contratadas até 30 de junho de 2024. O pagamento poderá ser feito dentro de nove anoscom período de carência de um ano.
A contratação é feita por produtores rurais, associações, condomínios rurais e cooperativas agropecuárias por meio de instituições financeiras credenciadas ao banco de fomento.
Quem pode acessar
Para solicitar o benefício o produtor precisa:
- Estar em município que declarou emergência ou calamidade entre 2020 e 2024 devido a eventos climáticos.
- Têm perdas superiores a 30% em duas ou mais colheitas entre 2020 e 2025.
- Verifique a queda 20% ou mais em duas atividades agrícolas no município no período analisado.
O programa também reserva 40% dos recursos exclusivamente para beneficiários do Pronaf e Pronamp, considerados mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Os outros 60% abrangem linhas como Moderfrota, Inovagro, Moderagro e Prodecoop.
Alcance nacional do programa
As liberações já chegaram a agricultores de 16 estados. Embora o BNDES não tenha detalhado as liberações por unidade da federação, os estados com maior incidência de decretos de emergência por secas, ciclones, enchentes e estiagens — como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Ceará e Maranhão — concentram grande parte da demanda.
Impacto na economia rural dos agricultores
Com 25% do PIB do agronegócio brasileiro afetado por eventos climáticos em 2024, o programa busca evitar inadimplências na cadeia, interrupção de ciclos produtivos e perda de capacidade de investimento no campo.
A expectativa do banco é que as novas liberações se acelerem ao longo dos próximos meses, principalmente em regiões afetadas por precipitações superestimadas, secas prolongadas e fenômenos extremos associados ao El Niño e La Niña.
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