Em novembro, mais uma marca chinesa chega ao mercado: a Leapmotor. Mas ela é uma mulher chinesa um tanto brasileira. Isso porque a empresa chega pelas mãos da Stellantis. Responsável por um em cada cinco carros vendidos no país, o conglomerado controla nada menos que Fiat (incluindo a submarca Abarth), Jeep, Peugeot, Citroën e Ram.
Com um leque de operações tão amplo, por que, afinal, a empresa decidiu vender localmente carros de mais uma marca? É o que o Jornal do Carro responde a seguir, ao discutir como ficará o portfólio do grupo com a chegada do “Leap”.
Segundo a própria organização, o plano é garantir sempre uma oferta abrangente de produtos e garantir que ali o consumidor encontre o que procura. “O cliente precisa de liberdade de escolha. É por isso que não apostamos em um caminho único”, disse Erica Schwambach, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Stellantis, em evento recente para falar sobre os planos da Leapmotor para a região.
Leapmotor adiciona uma oferta que Stellantis não tem atualmente
Com início de vendas prometido para novembro, a marca entrará na briga com outras montadoras chinesas, como BYD e GWM. A estratégia é garantir uma oferta aos consumidores que procuram carros com mais recursos digitais e novas tecnologias de propulsão. Os primeiros produtos serão o SUV híbrido C10 e o SUV elétrico B10. Com isto, a nova marca acrescenta uma oferta que hoje, de facto, o grupo não tem.
No médio prazo, uma das possibilidades é produzir carros “Leap” no Brasil. Os executivos da Stellantis dizem que este plano está “em estudo”. Há espaço para isso. O conglomerado possui três fábricas no Brasil: em Betim (MG), Goiana (PE) e Porto Real (RJ). Este último enfrenta baixa ocupação da capacidade de produção.
As marcas Stellantis atendem a diferentes nichos de mercado
Enquanto a “Leap” luta para encontrar seu espaço, as marcas Stellantis já estabelecidas no Brasil continuam operando dedicadas a outros segmentos. A Fiat continua sendo um fabricante generalista e de alto volume.
Entre janeiro e setembro de 2025, liderou por larga margem as vendas de veículos no país, respondendo por 21% do total de veículos leves licenciados. A escala dianteira italiana da empresa é apoiada por veículos de entrada e picapes leves e médias, como Strada e Toro.
A Fiat também possui a submarca Abarth, que eleva os carros da linha tradicional da empresa aos patamares esportivos. A Jeep também tem uma forte contribuição para o grupo. Respondeu por quase 5% do tamanho do mercado brasileiro em 2025. Com valor de marca relevante para o consumidor local, oferece veículos utilitários esportivos com visual aventureiro.
Na frente francesa, a Stellantis conta com a Citroën e a Peugeot. A primeira foi reposicionada como uma marca popular e de entrada, além de contar com vans e utilitários. Mesmo com um posicionamento de preço mais acessível, é apenas o 13º mais vendido no país, com apenas 1,5% de participação.
A Peugeot tem uma presença ainda mais modesta. Ocupa a 17ª posição no ranking de licenciamento, respondendo por menos de 1% dos carros vendidos no país até setembro. A marca oferece design e sofisticação, mas continua prejudicada por erros estratégicos cometidos anos atrás, quando o cliente enfrentava problemas no pós-venda.
Por fim, a Stellantis tem a Ram, última marca lançada pela empresa no país antes da Leapmotor, em 2018. Com foco em picapes de luxo, em poucos anos de presença no mercado, tornou-se uma marca do interior, coberta por agroboys e agrogirls
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