O aumento da inadimplência de recursos gratuitos, que deve atingir 6,17% em junho e atingir 6,26% em agosto – de acordo com uma análise econômica divulgada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumidores (IBevar) em parceria com a FIA Business School – deve pressionar o poder de compra de consumidores e levar a quedas significativas em alguns segmentos de varejo.
O número representa um aumento de 0,22 ponto percentual em comparação com os 5,95% registrados em abril. “As medidas para enfrentar a situação incluem redução de inventário, maior eficiência e adaptação ao cenário macroeconômico”, disse o presidente da IBevar, Claudio Felisoni de Angelo.
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Segundo Felisoni, o padrão de recursos gratuitos está relacionado à parte da renda do consumidor não comprometida com bancos ou parcelas de prazos longos, como financiamento imobiliário e automóvel. Ele diz que esse padrão pode retratar mais fiéis ao dinheiro disponível dos consumidores e como pode influenciar o orçamento mensal.
O estudo, com base nos dados do banco central, também ressalta que a quitação será mantida nos meses seguintes, com estimativas de 6,24% em julho e 6,26% em agosto.
Confirmando a previsão de agravamento no cenário, o indicador mensal da Confederação Nacional de Lojas (CNDL) e o Serviço de Proteção de Crédito (SPC Brasil) mostram que, em maio, o Brasil registrou um total estimado de 70,73 milhões de consumidores negativos, representando 42,59% da população adulta, registra um número absoluto.
Segundo a entidade, “os dados apontam para uma persistência e agravamento do cenário, consolidando um dos maiores desafios econômicos e sociais do momento”. Na comparação anual, o resultado mostra um crescimento de 6,28% no número de padrões. Na análise mensal, de abril a maio de 2025, o número de devedores cresceu 0,78% – e tende a continuar o aumento nos próximos meses.
Para o presidente da IBevar, a projeção do aumento da inadimplência se deve à alta inflação, à redução da renda real e ao aumento da taxa de juros. “Além disso, a preocupação com a incerteza econômica, o déficit fiscal e a instabilidade política afetam a confiança do consumidor”, disse Felisoni.
Segundo ele, o cenário econômico é desfavorável, com incerteza e compromisso da renda das famílias e que isso afeta as projeções de inadimplência. “Esse aumento está relacionado à diminuição do acesso ao crédito e ao aumento de seu custo”.
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