O Partido Comunista Chinês (PCC) iniciou nesta segunda-feira (20) a quarta sessão plenária do seu Comitê Central, em Pequim, para discutir os objetivos e diretrizes do 15º Plano Quinquenalque orientará o desenvolvimento económico e social do país entre 2026 e 2030. O encontro acontece num momento de desaceleração económica e de procura de novos motores de crescimento.
O presidente Xi Jinping abriu a reunião com um relatório sobre as propostas do plano, que deverá consolidar a estratégia chinesa para modernização socialista até 2035 — objetivo que inclui a formação de um classe média de 400 milhões de pessoas e fortalecimento da autossuficiência tecnológica e industrial.
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Continuidade e reformas
Os planos quinquenais têm sido a espinha dorsal da política económica chinesa desde 1953, oferecendo estabilidade e continuidade a longo prazo. A 15ª edição terá um papel decisivo na consolidação das transformações iniciadas nos últimos anos, especialmente na transição para um modelo de crescimento baseada na inovação, no consumo interno e na sustentabilidade ambiental.
Segundo a agência estatal Xinhua, o novo plano deverá concentrar esforços na criação de “novas forças produtivas de qualidade” — um conceito que abrange sectores como inteligência artificial, semicondutores, biotecnologia, robótica, energia limpa e manufatura avançada. O objectivo é reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e fortalecer a competitividade global da China.
O país também pretende aprofundar reformas internas e manter uma política de “abertura de alto padrão”, dando continuidade às mais de 300 medidas aprovadas no plenário anterior, em 2024. O documento final será apresentado na quinta-feira e deverá ser aprovado oficialmente em março de 2026 pela Assembleia Nacional Popular.
Desafios econômicos
O encontro acontece em um cenário de crescimento económico moderado — O PIB chinês aumentou 4,8% no terceiro trimestreritmo mais baixo em um ano —, com a economia pressionada pela crise prolongada no setor imobiliário, baixo consumo interno e tensões comerciais com os Estados Unidos.
Ainda assim, o governo de Xi Jinping procura reforçar o papel do mercado interno como principal motor de expansão, estimulando o consumo, o investimento e o desenvolvimento regional equilibrado. A modernização da agricultura e a revitalização das zonas rurais também devem ser prioridades.
Inovação e transição verde
Entre os objetivos estratégicos do novo plano está o avanço da inovação científica e tecnológicacom destaque para o programa “AI Plus”que impulsiona o uso da inteligência artificial na pesquisa, na indústria e nos serviços.
Outro foco é o transição verdecom o país consolidando sua liderança global em tecnologias de baixo carbono, como energia solar, veículos elétricos e reciclagem industrial. Pequim quer expandir o papel da China como fornecedor global de produtos sustentáveis, reduzindo ao mesmo tempo as suas próprias emissões.
Um modelo de longo prazo
Para o Partido Comunista, os planos quinquenais são uma das maiores vantagens do sistema político chinês, pois garantem continuidade estratégica e planejamento centralizado. “Enquanto o Ocidente enfrenta ciclos de crise e impasses políticos, a China segue um projeto nacional de longo prazo”, observou o pesquisador brasileiro Maria Luiza Falcão Silvacitado pela Xinhua.
Com o 15º Plano Quinquenal, a China entra na fase mais decisiva do seu caminho rumo à modernização. Os próximos cinco anos definirão se o país conseguirá manter o equilíbrio entre crescimento, inovação, estabilidade social e sustentabilidadeao mesmo tempo que reafirma a sua posição como uma das potências centrais da economia global.
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