O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpmanteve nesta segunda-feira (20) o ameaça de aplicar tarifas de até 157% sobre produtos chineses se não houver acordo comercial com Pequim até 1º de novembro. O discurso foi feito após reunião com o Primeiro-ministro australiano, Anthony Albaneseem Washington, e reacendeu a tensão no eixo EUA–China–Taiwan.
Atualmente, a China já paga Taxas médias de 55% nas exportações para o mercado americano, número que inclui sobretaxas aplicadas a diversos setores desde o início do novo mandato de Trump. O republicano afirmou que se o governo chinês não recuar restrições à exportação de minerais raroso total aumentará até 157%que, segundo ele, “tornaria inviável o comércio entre as duas maiores economias do mundo”.
Apesar de adotar um tom mais diplomático — dizendo que “ama a China” e mantém um bom relacionamento com o presidente Xi Jinping —, Trump destacou que o minerais estratégicos e o balança comercial continuam a ser os eixos centrais das negociações.
“Os Estados Unidos têm algo mais forte que a China: as tarifas. Se subirem para 155% ou 157%, o comércio simplesmente deixará de existir”, afirmou.
Acordo de Minerais Raros com a Austrália
Durante a reunião, Trump e Albanese assinou um acordo de cooperação para o fornecimento de minerais rarosessencial para os setores de defesa, energia e tecnologia. A Austrália — que detém uma das maiores reservas do mundo — comprometeu-se a investir US$ 800 bilhões em um fundo para expandir a exploração e garantir fornecimento direto para os EUAreduzindo a dependência de insumos da China.
Segundo Trump, a parceria foi negociada há cinco meses e reforça a Estratégia americana de segurança mineral.
“A Austrália está a tornar-se um parceiro fundamental para os Estados Unidos. É uma relação ganha-ganha para ambos os lados”, disse o presidente.
Taiwan entra no conselho
Questionado sobre uma possível negociação com Pequim que envolveria desistir do apoio dos EUA a Taiwan em troca de um acordo comercial, Trump evitou responder diretamente:
“Não quero comentar sobre isso”, disse ele.
A recusa reforça o tom cauteloso e estratégico adotada por Washington face à escalada das tensões no Estreito de Taiwanuma área que a China considera parte do seu território.
Análise
Para Renan Souzaanalista de política internacional na Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBCas declarações mostram que Trump é reconstruindo a sua agenda de pressão sobre Pequimcombinando tarifas econômicas, controle tecnológico e influência diplomática.
“Trump reposiciona os Estados Unidos no centro da disputa global. Ao acenar com tarifas de 157%, ele deixa claro que o diálogo comercial será acompanhado de dissuasão política. O silêncio sobre Taiwan é intencional: ele quer manter a incerteza como ferramenta de poder”, analisa Souza.
O especialista acrescenta que a assinatura do acordo com a Austrália Fortalece a Estratégia de Segurança Energética e Industrial dos EUAenquanto expande o coalizão de países alinhados com a contenção da influência chinesa no Indo-Pacífico.
Trump encerrou a conferência de imprensa dizendo que esperava “um acordo fantástico com a China”mas reiterou que tarifas permanecerão em vigor até que Pequim relaxe as suas barreiras e permita o comércio em minerais críticos considerado vital para a economia global.
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