Apesar de Tarifa de 50% imposta pelo governo Trump Sobre os produtos brasileiros, o Brasil continua sendo um destino atraente para os investidores.
Em análise exclusiva do CNBC InternationalTim Seymour, CIO da Seymour Assets Management e investidor de investimentos e mercados em CNBC Por mais de 20 anos, ressalta que as commodities e a classe média brasileira são os principais fatores de crescimento econômico, mantendo a empresa de mercado local, apesar das tensões comerciais.
Reconhecida como uma das principais vozes do setor financeiro, Seymour observa que, nos últimos seis meses, o Brasil e outros mercados emergentes experimentaram um ligeiro renascimento, parcialmente impulsionado pela fraqueza do dólar e pelo fortalecimento das moedas locais.
O Real, por exemplo, atingiu seu maior valor em seis semanas em comparação com o dólar, refletindo uma recuperação nas últimas semanas. A apreciação de moedas emergentes tem sido um fator fundamental para o desempenho positivo desses mercados.
“O interessante é que os mercados reais e brasileiros não caíram necessariamente com as manchetes sobre a relação mais adversa entre os Estados Unidos e o Brasil, que historicamente tem sido um parceiro comercial muito sólido”, disse o analista.
Seymour destacou o comércio de café entre o Brasil e os Estados Unidos como um exemplo dessa dinâmica. O país é responsável por cerca de 31% do café consumido nos EUA, mostrando a importância desse relacionamento comercial.
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Além disso, ele citou avanços no ajuste fiscal brasileiro, que contribui para o otimismo dos investidores. O Brasil é visto como um mercado composto por uma combinação de mercadorias e uma classe média em expansão.
Grandes empresas brasileiras, como Petrobras e OKtem melhorado seu perfil de dívida nos últimos cinco anos, o que fortaleceu sua saúde financeira. “Investir no Brasil significa apostar em mercadorias e expansão de classe média. Essas empresas tradicionais mostraram desempenho bastante sólido”, disse ele.
Os mercados emergentes se recuperam
Desde a inauguração de Trump, os mercados emergentes mostraram sinais de recuperação, mesmo diante da “América em primeiro lugar”. Segundo o analista, os fundamentos da economia brasileira permanecem robustos, apoiando a perspectiva da continuidade no interesse de investidores estrangeiros.
Seymour apontou que a postura agressiva do governo Trump nas recentes rodadas da tarifa, que também impactou países como Índia, China e Rússia, tensionava esse relacionamento que até então era sólido.
Nesse contexto, o BRICS (grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ganhou destaque, especialmente após uma recente reunião no Rio de Janeiro.
“A reação do BRICS ao governo Trump, marcada por uma reunião realizada no Rio de Janeiro, cerca de um mês atrás, reflete a dinâmica atual em que Trump adotou uma posição agressiva, pelo menos na última rodada, que alcançou o Brasil e a Índia”, disse ele. “Claramente, com o foco atual na compra de petróleo russo através da Índia e de outros países, o BRICS permanece no centro das atenções.
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