O Presidente da Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, disse que o aumento das tarifas de importação de aço pelos Estados Unidos terá um impacto direto nas exportações brasileiras. Segundo ele, setores altamente dependentes do mercado dos EUA devem enfrentar dificuldades imediatas.
“A retaliação pesará mais no Brasil do que nos Estados Unidos. Para dar um soco em uma parede de tijolos. No máximo, você quebra os dedos”, disse Roscoe ao The the the Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoComentando sobre a possibilidade do governo brasileiro adotar medidas de reciprocidade.
De acordo com o presidente da FIEMG, o desempenho das exportações de aço de Minas Gerais foi positivo no início do ano, após antecipações de remessas contra os primeiros anúncios sobre a sobretaxa. Roscoe explicou que o Brasil, até então, estava no nível mais baixo de tarifa aplicada pelos EUA, o que contribuiu para a manutenção do volume exportado.
Com a mudança no cenário, ele avalia que o Brasil perderá a posição competitiva. “O Brasil deixará a posição do vencedor de um perdedor. Isso certamente afetará nossas exportações futuras”, disse ele.
Leia mais:
“Muitas empresas não sobreviverão sem o mercado dos EUA”, diz o diretor da Sebrae-SP sobre tarifas para o Brasil
Com 50%de sobretaxa, a exportação para os EUA é inviável, diz o Diretor de Abit
Roscoe argumentou que o governo federal mantém a estratégia de negociação diplomática com os Estados Unidos e evita represálias. Para ele, o Brasil não possui uma estrutura econômica ou militar para apoiar um conflito comercial prolongado com o país dos EUA.
Ao analisar os setores mais afetados, o líder do FIEMG apontou que empresas com empresas fortemente dependentes do mercado dos EUA podem encerrar temporariamente suas operações, enquanto os setores menos expostos terão mais condições de adaptação. Ele citou como exemplo produtores de commodities, que devem redirecionar parte das vendas para outros mercados, especialmente em segmentos como café e suco de laranja.
Em relação à origem da elevação tarifária, Roscoe atribuiu o agravamento da situação à recente posição política do Brasil em fóruns internacionais. “O que mudou desde então foi a nossa posição, o maior alinhamento com o Irã, com a China, e isso certamente gerou incômodo”, disse ele.
Para ele, a relação comercial e diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, construída ao longo de dois séculos, deve ser preservada. O cenário mais favorável, de acordo com Roscoe, seria a formalização de um acordo de redução tarifária e o reposicionamento brasileiro como um país neutro no cenário internacional.
–
Onde assistir ao maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos streamings