O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchezafirmou neste domingo que ficou “surpreso” com trechos de lembranças de Juan Carlosex-rei e atual monarca emérito, que elogia o ditador Francisco Franco e descrevem as suas próprias ações como decisivas na redemocratização do país.
No livro de 500 páginas intitulado ReconciliaçãoLançado em francês esta semana e com chegada prevista às livrarias espanholas no dia 3 de dezembro, o ex-monarca de 87 anos reflete sobre momentos históricos, escândalos financeiros e relacionamentos extraconjugais.
Entre os trechos mais polêmicos, Juan Carlos afirma ter “dado liberdade ao povo espanhol ao estabelecer a democracia”, além de proferir palavras de admiração a Franco, que o afastou dos pais aos dez anos para educá-lo como sucessor.
Reações políticas e críticas públicas a Juan Carlos
Em entrevista ao jornal El País, Pedro Sánchez Ele disse que ainda não leu o livro, mas comentou trechos publicados pela imprensa.
“A democracia não caiu do céu. Foi o resultado da luta do povo espanhol, dos cidadãos comuns”, afirmou o primeiro-ministro.
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Sánchez acrescentou que o livro “não estará entre as leituras que recomendarei neste Natal” e elogiou o atual rei, Filipe VIpor desempenhar as suas funções “de forma exemplar”.
O lançamento de lembranças de Juan Carlos provocou reações de outras figuras políticas. O Ministro da Cultura, Ernest Urtasunchamou de “nojento” o elogio do ex-rei ao ditador. Ex-primeiro-ministro socialista José Luis Rodríguez Zapatero afirmou que Juan Carlos “deveria ter moderado as suas palavras”, lembrando que o regime franquista foi apoiado por execuções e prisões políticas.
Exílio e legado polêmico
Juan Carlos foi coroado dois dias após a morte de Franco em 1975. Embora tenha frustrado os franquistas ao promover reformas que levaram às eleições democráticas de 1977, a sua imagem foi deteriorada nas últimas décadas por escândalos de corrupção e casos extraconjugais.
O ex-monarca abdicou em 2014 em favor de Filipe VI e mora desde 2020 em auto-exílio nos Emirados Árabes Unidos. Segundo ele, decidiu publicar as memórias porque “sua história estava sendo roubada”.
O lançamento reacende o debate sobre o papel da monarquia durante a ditadura e a transição democrática em Espanha — um tema que ainda é delicado no país, meio século após a morte de Franco.
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