Na Cúpula dos Líderes, Petro critica ausência dos EUA e chama Trump de inimigo da humanidade – Times Brasil

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (6), durante o discurso de abertura da Cúpula de Líderes, que antecede a COP30. Para Petro, a postura adotada pelos EUA é hoje um dos principais obstáculos para enfrentar a crise climática, e Trump “está 100% errado”.

Segundo ele, a política americana de negar as evidências científicas empurra a humanidade para um cenário de colapso ambiental.

“Donald Trump não está certo. Podemos ver o colapso que poderá acontecer se os Estados Unidos não descarbonizarem a sua economia. Ele está errado”, disse ele.

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Petro chegou a classificar Trump como inimigo da humanidade. Ele também questionou a ausência do presidente americano na cúpula. Ao assumir a presidência no início do ano, Trump anunciou a saída do país do Acordo de Paris, tal como havia feito no seu primeiro mandato (2017-2021).

“Trump é contra a humanidade. O que devemos fazer então? Deveríamos deixá-lo em paz? Deveríamos esquecê-lo? Esquecer é o maior castigo? Como faço parte desta mentalidade progressista, posso dizer que a vida é a nossa bandeira”, disse Petro.

A tensão entre Trump e Petro cresceu nos últimos meses. O governo dos Estados Unidos impôs sanções financeiras ao colombiano. Na época, o governo americano disse que Petro “permitiu que os cartéis de drogas prosperassem”.

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O presidente colombiano também mencionou o tema em seu discurso. Petro disse que mais países além da Venezuela estão sob “ameaça” de invasão dos EUA. Mencionou, entre outros, o Brasil, a própria Colômbia, o México e Cuba. Trump, porém, não fez menção direta ao Brasil até o momento em relação às ofensivas de combate ao tráfico de drogas.

Petro também criticou a operação militar aérea e naval no Mar do Caribe e mencionou a autorização de Washington para ações no terreno. Comparou o presidente americano ao expansionismo napoleónico e afirmou que os EUA recorreram a uma demonstração de força militar para tentar silenciá-lo.

“Desde tempos passados, como Napoleão na Rússia que também faz parte da Europa, temos tendências de invasão e estamos perdendo tempo. Podemos ver essas invasões, genocídios, ameaças.

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