As companhias aéreas americanas terão de cancelar centenas de voos na próxima semana se o Congresso não conseguir chegar a um acordo para pôr fim à paralisação governamental, que já é a mais longa da história dos EUA.
Esta semana, funcionários do governo Trump ordenaram que as companhias aéreas começassem a reduzir as operações em 40 dos aeroportos mais movimentados do país a partir de sexta-feira (7), citando “aumento de relatos de sobrecarga do sistema, tanto por pilotos quanto por controladores de tráfego aéreo”.
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Na sexta-feira passada, os senadores republicanos rejeitaram uma proposta democrata de reabertura do governo, mantendo o impasse que já afeta serviços essenciais, como o controlo aéreo. Os controladores de tráfego aéreo e os agentes de segurança dos aeroportos são forçados a trabalhar sem remuneração durante a paralisação. Segundo o sindicato da categoria, os empregados não deverão mais receber o segundo pagamento integral na próxima segunda-feira (10). Alguns profissionais já estão recorrendo a empregos extras para complementar a renda.
No sábado (8), foram cancelados 931 voos de um total de 25.375, segundo a consultoria de aviação Cirium. A empresa comparou o volume de cancelamentos ao registrado durante fortes tempestades, classificando o período como o 72º pior desde 1º de janeiro de 2024.
A FAA (Administração Federal de Aviação) determinou um cronograma de cortes graduais: 6% dos voos devem ser suspensos nos próximos dias, número que sobe para 8% na quinta e 10% na sexta seguinte. O secretário de Transportes, Sean Duffy, disse à Fox News que os cortes podem atingir 20% da rede de rotas, embora não tenha fornecido detalhes adicionais.
O cenário atual ocorre durante um período de baixa demanda no setor aéreo, mas o impacto pode se intensificar à medida que se aproxima o feriado de Ação de Graças, que acontece em menos de três semanas. Segundo o analista de aviação Daniel McKenzie, da Seaport Research Partners, o prejuízo para as empresas pode quadruplicar, considerando o aumento das tarifas típicas de temporada.
As companhias aéreas estão isentando taxas de alteração de data para passageiros afetados e oferecendo reembolsos. Os executivos dizem que muitos clientes estão a ser redirecionados para voos alternativos, mas mudanças de última hora também levaram os passageiros a procurar alternativas por conta própria. A locadora Hertz, por exemplo, registrou um aumento de 20% no aluguel de carros só de ida após o anúncio dos cortes.
Os atrasos também cresceram: no sábado, foram registrados 2.156 voos com horários comprometidos, segundo o serviço FlightAware. A escassez de pessoal causou lentidão em aeroportos importantes do país, como São Francisco, JFK (Nova York), Newark (Nova Jersey) e O’Hare (Chicago).
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