O setor industrial do Rio de Janeiro segue cuidadosamente as negociações entre o Brasil e os Estados Unidos sobre a possível imposição de tarifas adicionais aos produtos brasileiros. A Federação de Indústrias do Estado de Rio de Janeiro (Firjan) defende a expansão do prazo para as negociações a serem conduzidas em bases técnicas e comerciais.
“O que mais nos afeta é essa incerteza”, disse Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan. Segundo ele, 90% da agenda de exportação de Fluminense para os Estados Unidos é composta de petróleo, aço e alumínio. Atualmente, o petróleo faz parte de uma lista de exceções, mas há incertezas sobre a permanência desse status.
Durante a entrevista com Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoSantiago disse que Firjan e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõem ao governo brasileiro o pedido de uma extensão de 90 dias para que as negociações avançassem.
“A principal demanda é a extensão do tempo. Hoje plantaremos com o governo nesta extensão de 90 dias para que possamos trabalhar em bases técnicas e comerciais”, disse ele.
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Pressão política e diplomacia econômica
Questionado sobre o impacto das variáveis políticas no processo, o líder argumentou que o setor produtivo se concentra nos esforços nas diretrizes técnicas. “O esforço da indústria é minimizar o efeito político e ideológico e concentrar o diálogo na vice -presidência da República, na figura de nosso vice -presidente Geraldo Alckmin”, disse ele.
Santiago também apontou que a relação econômica entre o Brasil e os Estados Unidos envolve cadeias produtivas estratégicas para os dois países. “Uma relação de 200 anos e uma interdependência de cadeias de valor nos permitem acreditar que ainda existe uma possível base de diálogo para as negociações serem feitas com o maior número possível de técnicas, pensando em negócios”, afirmou.
Diversificação de mercado e concordância com a Europa
O líder lembrou que, mesmo sem a realização de novas taxas, a indústria brasileira já trabalha na diversificação dos mercados. Segundo ele, as federações estaduais e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apexbrasil) mantêm uma agenda permanente de prospecção. “Realizamos, no ano passado, mais de 60 missões de negócios, ambas entrada como saída“Ele disse.
Santiago também destacou a importância do Acordo Europeu de Mercosur-União para Exportadores Brasileiros. “Sabemos que é uma prioridade do nosso governo e que pode ajudar vários setores”, disse ele.
No caso específico do Rio de Janeiro, Santiago relatou que as empresas associadas a Firjan já mantêm o diálogo com mercados alternativos e que, atualmente, uma delegação da Federação está no Japão em busca de novas oportunidades de negócios.
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