Em uma missão oficial para os Estados Unidos, o senador Nelsinho Trad FIHO (PSD-MS) declarou que a delegação brasileira tenta reverter a decisão do governo dos EUA de aplicar até 50% de tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo ele, embora seja difícil reverter a medida, o grupo aposta no diálogo político e na história de 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
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“Sabemos que isso é difícil, mas não ‘nós já temos, vamos correr depois de’ Sim ‘”, disse o senador a jornalistas em Washington. Ele defendeu uma abordagem sensata e equilibrada e, por enquanto, descartou a adoção de medidas de retaliação pelo Brasil: “Foi -se necessário que este seja um caminho que não deve ser considerado no momento”.
Durante as reuniões, a comitiva se reuniu com empresários dos EUA vinculados à Câmara de Comércio dos EUA. Trad Filho revelou que ele era um dos articuladores do pedido de que essas empresas se manifestem formalmente contra a tarifa, apontando os danos que as medidas podem causar a ambos os países. “Eles dividirão o texto conosco para que possamos fazer esse apelo em conjunto”, explicou.
O parlamentar também afirmou que há uma tentativa de mediar a conversa direta entre os presidentes Luiz Inacio Lula da Silva e Donald Trump. “Está na mesa. Já foi proposto. O líder do governo que está aqui se propôs a intermediar esta reunião”, afirmou.
Geopolítica e soberania
A TRAD também detalhou as preocupações dos EUA sobre o desempenho do Brasil no BRICS. Segundo ele, representantes do Partido Republicano e da Casa Branca vêem com advertências a abordagem brasileira da China na área militar e espacial. “O Brasil está trabalhando em uma geopolítica militar com a China, e os americanos entendem isso como uma ameaça”, disse ele. Entre os pontos mencionados estão os anúncios sobre a expansão da rede de satélites e dos cabos submarinos.
“Os Estados Unidos sempre toleravam o BRICS como um grupo econômico. O problema começou quando eles vieram vê -lo como uma ameaça à geopolítica militar”, disse Trad Filho.
Minerais raros e reciprocidade
O senador também foi questionado sobre o interesse dos EUA em minerais estratégicos brasileiros, como o lítio. Ele argumentou que o Brasil está aberto a investimentos, mas requer paridade nas negociações: “O investimento americano é muito bem -vindo. Mas isso deve ser feito dentro de uma negociação que não seja ameaças”.
Finalmente, a TRAD enfatizou que a missão visa abrir canais institucionais para reequilibrar o relacionamento bilateral. “Queremos abrir o diálogo entre os dois países. Estamos dispostos a fazer isso de nossa parte legislativa”.
Os senadores tentam interceder para o Brasil nos EUA em uma semana crucial de tarifa
Na semana decisiva do presidente Donald Trump, os senadores brasileiros têm reuniões com representantes do setor privado em Washington, Estados Unidos, para tentar impedir o Brasil de liderar a lista de países mais afetados pela nova política comercial americana. Depois de chegar a um consenso para tributar a Europa em 15%, o acordo mais importante e esperado do Atlântico, o republicano disse que não haverá mais adiamentos para a entrada em vigor das novas taxas, programadas para sexta -feira, 1º de agosto.
Trump disse no domingo (27) que não deve adiar o início das tarifas prometidas aos parceiros de negócios, que inclui o Brasil. O mercado até considerou a possibilidade de novos adiamentos. A propósito, essa foi a razão do apelido de “Taco Trump”, que vem da expressão “Trump Sempre Chickens Out”, ou “sempre Trump Yellow Trump”, que foi usado pelos operadores em Wall Street para verbalizar o transporte americano em tarifas.
“Sem extensões. Não há mais períodos de carência. Em 1º de agosto, as tarifas são definidas. Eles entrarão em vigor”, disse o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista a
Fox News, neste domingo.
É nesse contexto que os senadores brasileiros estão em Washington para tentar negociar 50% de imposto sobre o Brasil, a taxa mais alta até agora. Esta é a primeira missão que vai para a capital dos EUA depois que os EUA ameaçam o país por carta ao presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT), mencionando razões políticas para a medida, como ele chamou uma “caça às bruxas” para o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os senadores brasileiros devem encontrar a capital americana esvaziada por causa do início do recesso parlamentar nos EUA. Por esse motivo, as conversas na capital americana devem se concentrar mais no setor privado.
A agenda oficial da missão começa na segunda-feira, 28, mas não foi totalmente divulgada por causa dos ataques que a comitiva sofreu, disse uma fonte à transmissão, o sistema de notícias em tempo real do estado. Embora a comitiva tenha senadores ligados a bolso. No fim de semana, os senadores já se reuniram para atualizar a agenda e as demandas do Brasil.
O primeiro desfile dos parlamentares em Washington será a residência oficial do embaixador brasileiro nos EUA, Maria Luiza Viotti, segunda -feira de manhã. Uma reunião na sede da Câmara de Comércio dos EUA também está planejada, com líderes empresariais e representantes do Conselho Empresarial do Brasil-EUA, a principal organização de lobby de negócios em favor do relacionamento comercial entre o Brasil e os EUA.
“Esta missão representa uma resposta madura do Parlamento brasileiro para retomar o diálogo com os Estados Unidos e proteger os interesses de nosso setor produtivo”, disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE) Nelsinho Trad (PSD-MS).
A comitiva também é formada por senadores Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministro da Agricultura; Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo do Senado; O astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações; ROGÉRIO Carvalho (PT), líder do PT no Senado; Carlos Viana (Somos-MG); Fernando Farias (MDB-AL); e Esperidião Amin (PP-SC).
Base legal
Nos próximos dias, o presidente Trump deve assinar uma ordem executiva com justificativas legais para atingir o Brasil em 50%, conforme relatado pela imprensa. Isso ocorre porque a investigação do Escritório de Representação Comercial dos EUA (USTR) para investigar práticas comerciais injustas no Brasil, com o mesmo objetivo, pode consumir mais tempo.
Lula disse na sexta -feira, 25, que o vice -presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), chama todos os dias a nós interlocutores para falar sobre a tarifa de 50% que será aplicada aos produtos brasileiros, mas ninguém o encontrará. O governo brasileiro teve dez reuniões com os EUA, segundo o presidente.
“Reiteramos que a soberania do Brasil e do Estado de Direito Democrata não é negociável. No entanto, o governo brasileiro continua e continuará sendo aberto ao debate de questões comerciais, em uma posição que já está clara no governo dos EUA”, disse o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em uma declaração em 27 anos.
Na prática, nenhum avanço foi alcançado para evitar tarifas para o Brasil a partir de sexta -feira. Pelo contrário, nos bastidores, há um medo de que Trump adote mais sanções contra o Brasil no campo diplomático ou financeiro.
“Trump fará o que quiser. Ele vê o Brasil como um alvo fácil, porque o país representa apenas cerca de 1% das importações dos EUA e, portanto, o efeito da inflação provavelmente existe, mas é pequeno”, disse o vice -presidente executivo da Americas Society and Council of the Americas (AS/COA), em uma entrevista à transmissão.
Os importadores de suco de laranja Johanna Foods e Johanna Beverage Company foram ao tribunal americano contra a medida, alegando que custos adicionais de US $ 68 milhões nos próximos 12 meses aumentariam entre 20% e 25% que os consumidores de preços pagam pela bebida. As empresas também questionam a constitucionalidade da tarifa.
Além disso, os senadores americanos enviaram uma carta a Trump, na qual acusam o presidente de “claro abuso de poder” na tributação no Brasil e afirmam que interferir no sistema legal de uma nação soberana cria um “precedente perigoso” e causa uma “guerra comercial desnecessária”.
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