O governo de Javier Milei orientou a delegação argentina a não participar da reunião ministerial de alto nível do fórum da China-Celac, realizada em Pequim (China) na terça-feira (13).
“A República Argentina estava ausente do plenário ministerial da 4ª reunião do fórum da China-Celac e não participou da adoção desses documentos”, diz a declaração de Pequim.
Na prática, a diplomacia argentina apareceu em um nível diplomático mais baixo, apenas para relatar que não bloquearia a discussão, mas não participaria das decisões. Em Celac e outros fóruns, como G20, OEA e Mergosur, e mesmo nas Nações Unidas, o governo argentino adotou uma posição de tentar bloquear temas e complicar o consenso.
A China é um parceiro comercial relevante da Argentina, mas os laços políticos são perturbados, com gestos às vezes ideológicos, às vezes pragmáticos de Milei.
Os diplomatas brasileiros interpretaram as instruções de Javier Milei como outro sinal de agir a favor dos interesses do presidente dos EUA, Donald Trump, com quem o argentino tem um relacionamento muito próximo.
A declaração final do mecanismo usado pelo Presidente Xi Jinping para fortalecer os vínculos com a América Latina e o Caribe revela que a Costa Rica, outro país perto dos EUA, também foi dissociada do bloco a tempo.
US $ 9,1 bilhões
Já no Plano de Ação 2025-2027, parece a mesma estratégia de esvaziar pela Argentina, enquanto a Costa Rica e o Equador, de Daniel Noboa, mais uma vez não aceita o tema da guerra comercial.
“As partes promoverão os esforços para construir mecanismos de cooperação, resolver disputas comerciais por meio de diálogo construtivo, gerenciar adequadamente o atrito comercial e abordar medidas coercitivas unilaterais que afetam a economia, o comércio e o investimento”, diz o texto.
Xi Jinping fez questão de aumentar o peso político do fórum da China-Celac, originalmente apenas uma reunião de ministros com os 33 países do grupo. O líder chinês procurou ser um contraponto para Trump com o evento e reforçar os vínculos políticos.
Na abertura, Xi anunciou uma linha de crédito de US $ 9,1 bilhões Para a região, a isenção de visto para cinco países – como Trump deporta imigrantes em massa – e milhares de bolsas de estudos e viagens à China, entre outras.
Os chineses também reagiram às tarifas de Donald Trump, dizendo que não há vencedores em uma guerra comercial e buscaram mais influência política na América Latina e no Caribe. Portanto, um parágrafo da declaração final, originalmente proposto pelos anfitriões chineses e alterado por outros países, reafirmou “o apoio a uma feira multilateral, transparente e baseada em regras”. “O governo da República da Costa Rica é desassociado desse parágrafo”, diz o documento.
Como o Estadão revelou, a China tentou usar a declaração oficial de um fórum multilateral para iniciar o apoio mais explícito da questão que os países decidem bilateralmente. Isso descontente e fez com que a negociação diplomática se estenda.
No final, o princípio político de uma China, a base para a reivindicação de soberania sobre Taiwan, foi mantida, mas válida apenas para aliados de Pequim. E a menção da rota New and Road Initiative (Belt and Road), um projeto de infraestrutura global que estava no alvo dos EUA, foi suavizado, para não parecer um endosso completo.
Chile e Colômbia vão para o outro lado
“Reconhecemos as contribuições das partes envolvidas na iniciativa do cinto e da rota, que apoiavam o desenvolvimento econômico e social em algumas áreas de ambas as regiões”, resume a declaração.
Por outro lado, a China também não apoiou explicitamente a América Latina e as eleições do Caribe para nomear o próximo secretário -geral da ONU, em uma campanha patrocinada pelo presidente Luiz Inacio Lula da Silva. O apoio seria um passo importante, mas a China disse apenas que levou uma nota da eleição.
Com outra postura, os presidentes do Chile, Gabriel Boric e Colômbia, Gustavo Petro, ambos com uma história de relações privilegiadas com Washington, fizeram questão de viajar para Pequim. O Chile foi o primeiro país latino -americano a ter um acordo de livre comércio com os EUA e recebeu 10% na tarifa de Trump, como quase todos os outros na região.
Boric pediu ajuda ao Planalto Palace para lubrificar o último cronograma de jinping XI. O Petro, cujo país também tem um amplo relacionamento com os EUA, inclusive em defesa e segurança, usou sua passagem pela capital chinesa para anunciar os membros colombianos da nova rota da seda.
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